Governo de SP anuncia plano de ações contra a dengue de R$ 200 milhões após aumento de casos no estado

por Redação

O governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (6) um plano de ações contra a dengue no estado com investimento de mais de R$ 200 milhões no combate à doença.

Segundo o governo paulista, os recursos serão disponibilizados diretamente aos 645 municípios paulistas, para que eles possam investir em ações emergenciais de combate ao mosquito que transmite a doença.

Em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, o governador em exercício, Felício Ramuth (PSD), também anunciou a criação de um Centro de Operações de Emergências (COE) com a participação de oito secretarias e a Defesa Civil estadual para monitorar as ações contra o avanço da dengue no estado.

O COE é alimentado em tempo real com dados sobre a doença mostram que os casos confirmados continuam em alta, segundo as informações da Secretaria Estadual da Saúde (SES).

Nas primeiras quatro semanas de janeiro de 2024, foram registrados 19.243 casos da doença, contra 13.033 registros no início de 2023 em todo o estado.

Capital
Nesta terça (6), a Prefeitura de São Paulo realizou uma operação com a ajuda de um drone para mapear e pulverizar áreas de proliferação do mosquito aedes aegypti em Itaquera, na Zona Leste, região onde se concentra o maior número de casos confirmados da doença na cidade.

Vacina contra dengue
No final do mês passado, o governo já havia dito que a vacina contra a dengue, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan, deve ser apresentada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro para que a produção comece no ano que vem.

A vacinação com o imunizante estrangeiro, comprado pelo Ministério da Saúde, começa em fevereiro, mas em apenas 11 cidades do Alto Tietê, já que não há doses suficientes para todo o estado.

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS) enviou no dia 30 de janeiro um ofício à ministra da Saúde, Nísia Trindade, solicitando o envio imediato de doses do imunizante contra a dengue para a capital paulista.

Também no final de janeiro, o Ministério da Saúde divulgou a lista dos cerca de 500 municípios brasileiros que receberão doses do imunizante num primeiro momento para vacinação do público-alvo, da faixa entre 10 e 14 anos. A cidade de São Paulo ficou de fora dessa relação.

Casos mais que quadruplicaram no início do ano
Somente nas três primeiras semanas de 2024, o número de casos confirmados de dengue no município mais do que quadruplicou em relação ao mesmo período do último ano. De acordo com dados da prefeitura, foram 1.792 casos registrados, contra os 443 do ano anterior

Em todo o estado paulista, apenas 11 cidades foram incluídas na lista de envio do ministério, todas da região de saúde do Alto Tietê (veja lista abaixo). Como o imunizante ainda é de acesso limitado, especialistas dizem que conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti segue sendo a melhor forma de prevenção da dengue.

Doses limitadas
O imunizante adquirido pelo Ministério da Saúde é produzido pelo laboratório japonês Takeda. Por conta da baixa capacidade de produção das doses, o governo brasileiro estabeleceu critérios para selecionar os municípios que terão prioridade no recebimento da vacina. Eles são:

Cidades de grande porte, com mais de 100 mil habitantes, e alta taxa de transmissão de dengue do tipo 2;
Municípios próximos a esses, pertencentes às mesmas “regiões de saúde”.
O ciclo vacinal contra a dengue é composto por duas doses, separadas por um intervalo de três meses. O público-alvo da campanha foi definido com base nos índices de internação pela doença nos últimos cinco anos. Segundo o ministério, a faixa etária que concentrou o maior número de hospitalização no período é de pessoas entre 10 e 14 anos.

Fonte: G1

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