Brasil Governo Lula conversa com EUA nos bastidores após ameaça de sanção a Alexandre de Moraes Redação27 de maio de 2025030 visualizações O governo do Brasil iniciou conversas reservadas com autoridades dos Estados Unidos após o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmar que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser alvo de sanções pelo governo americano. A articulação ocorre em alto nível, ou seja, entre integrantes dos altos escalões. A informação, à qual a GloboNews teve acesso, havia sido revelada pelo jornal O Globo. Fala de Rubio preocupa BrasíliaNo último dia 21, Rubio afirmou em audiência no Congresso americano que há “grande possibilidade” de o governo aplicar sanções contra Moraes com base na Lei Global Magnitsky. Essa lei permite punir estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos ou corrupção. A fala causou incômodo no Itamaraty, que vê na declaração uma tentativa de interferência nos assuntos internos do Brasil e uma afronta ao Judiciário nacional. Clima tenso, mas diplomacia prega pragmatismoEmbora Lula e Donald Trump estejam em campos opostos — Lula apoiou a chapa de Kamala Harris, enquanto o ex-presidente e rival de Lula Jair Bolsonaro é próximo de Trump —, diplomatas ouvidos pela GloboNews afirmam que a relação bilateral entre Brasil e Estados Unidos deve ser conduzida com pragmatismo. Isso significa manter laços comerciais e diplomáticos sólidos mesmo diante de divergências políticas. Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Moraes no centro das tensõesO ministro Alexandre de Moraes é alvo constante de ataques da base bolsonarista. Ele é relator da ação penal que acusa Jair Bolsonaro e aliados de tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022. A denúncia foi aceita pelo STF e inclui Bolsonaro como integrante do “núcleo crucial” da trama. O processo está na fase de depoimentos de testemunhas. Ao final, Moraes apresentará seu voto, que será julgado por outros quatro ministros da Primeira Turma da Corte. Fonte: G1