Política Governo publica saída de Neri Geller da Agricultura após polêmica do leilão de arroz Redação12 de junho de 2024048 visualizações O governo federal publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira (12) a saída de Neri Geller do cargo de secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária. A demissão dele foi tomada após o Executivo ter anulado o leilão que comprou 263 mil toneladas de arroz. A portaria destaca que a exoneração se deu a partir de terça-feira (11), mesmo dia em que o governo anunciou a anulação do leilão do arroz. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) cancelou o ato após detectar fragilidades técnicas e financeiras das empresas vencedoras do certame. Um novo leilão será feito, mas ainda não há data marcada. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que Neri Geller colocou o cargo à disposição depois das polêmicas relacionadas ao leilão. “Hoje pela manhã secretário Neri Geller me comunicou, fez ponderação, quando filho dele estabeleceu sociedade com esta corretora do Mato Grosso, ele não era secretário de política agrícola. A empresa não participou do leilão, nem nada que desabone ou gere qualquer tipo de suspeita. Mas que, de fato, gerou transtorno e, por isso, colocou cargo à disposição”, disse Fávaro na última terça-feira (12). Leilão do arrozO leilão foi realizado no início deste mês. De acordo com a Conab, foram comercializadas 263,3 mil toneladas do produto, o que representa 88% do volume estimado inicialmente, de 300 mil toneladas. O valor movimentado no leilão foi de R$ 1,3 bilhão. Os lotes arrematados tiveram preço mínimo de R$ 4,98 e máximo de R$ 5 por quilo. Depois, o produto seria distribuído para 21 estados do país. Após o leilão, opositores ao governo, sobretudo a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS), levantaram suspeitas sobre a participação de empresas desconhecidas do mercado e que arremataram alguns lotes. Das quatro companhias vencedoras, apenas uma — a Zafira Trading — é uma empresa do ramo. Também arremataram o leilão uma fabricante de sorvetes, uma mercearia de bairro especializada em queijo e uma locadora de veículos. A justificativa dada pelo governo para anular o leilão é de que as empresas vencedoras não tinham capacidade técnica e financeira. Questionado pelo R7 sobre quantas companhias vencedoras não possuíam essas condições, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que isso “não interessa”. Fonte: r7