A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou nesta sexta-feira (6) que a pasta negocia com a farmacêutica Pfizer a possível antecipação de pedidos de 7,7 milhões de doses de vacinas pediátricas contra a Covid-19.
“A gente herdou o contrato passado da Pfizer. Nós não temos doses agora, a previsão é de entrega no final de janeiro. Vamos negociar para tentar antecipar”, afirmou Ethel em entrevista coletiva.
Ainda no fim de 2022, o Ministério da Saúde informou detalhes sobre a compra de mais de 60 milhões de vacinas contra a Covid-19 da Pfizer, atingindo um total de 150 milhões, dos quais 81 já foram entregues no ano passado.
Para 2023, até o segundo trimestre, 69 milhões de doses remanescentes devem ser entregues. Esse número inclui vacinas bivalentes (protegem contra a cepa original e a Ômicron), para pessoas acima de 12 anos, e imunizantes monovalentes (protegem contra a cepa original), para crianças de 6 meses a 11 anos.
Não há estoque disponível neste momento para duas faixas etárias pediátricas: de 6 meses a 4 anos, e de 5 a 11 anos.
Segundo Ethel, são 3,2 milhões de doses esperadas para o primeiro grupo, e outros 4,5 milhões para o segundo.
No fim de dezembro, o Ministério da Saúde liberou a vacinação para crianças de 6 meses a 4 anos sem comorbidades.
Já no começo da nova gestão, foi autorizada também a dose de reforço para o público de 5 a 11 anos.
Entretanto, a falta de imunizantes da Pfizer, o único utilizado para essas duas finalidades, trava o avanço da vacinação.
Está também nos planos do ministério uma campanha para que maiores de 12 anos completem o esquema vacinal, incluindo a dose de reforço.
De acordo com Ethel, cerca de 80% da população completou o esquema inicial, com duas doses, mas o reforço não chega a 50% de cobertura.
O momento exige atenção, na avaliação do ministério, pois a variante XBB.1.5, também chamada de Kraken, já circula no Brasil. Esta foi classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como a mais transmissível já detectada até agora.
Todavia, ainda não há indícios de que ela provoque quadros mais graves de Covid-19 em indivíduos completamente vacinados.
Por outro lado, a preocupação ocorre justamente com aqueles que não concluíram o esquema de imunização, além de idosos e indivíduos imunossuprimidos.
Fonte: Com informações da Agência Estado