Guarulhos é o 13º maior município do Brasil e tem mais habitantes do que 15 capitais e 3 estados

por Redação

Guarulhos, um dos 39 municípios da Grande São Paulo, é a 13ª maior cidade do país, com uma população de 1.291.784. Segunda maior cidade paulista, ela tem mais habitantes do que os estados do Amapá, de Roraima e do Acre.

Os amapaenses somam 733.508, roraimenses, 636.303, e acrianos, 830.026. Juntos, os três estados chegam a 2.199.837 moradores.

Já Tocantins tem pouco mais do que Guarulhos, com 1.511.459 habitantes, seguido por Rondônia, com população de 1.581.016.

Segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Guarulhos aumentou 5,7% na comparação com 2010, quando o último levantamento do tipo foi realizado. Eram, naquela época, 1.221.979 moradores, uma diferença de 69.805 mil pessoas.

Se comparada com as 27 capitais brasileiras, a cidade ultrapassa 15 delas. Abaixo de Guarulhos estão, por exemplo, Palmas (TO), a menos populosa, com 302.692 pessoas, e São Luís (MA), que tem 1.037.775 habitantes.

Rio Branco – 364.756 habitantes
Maceió – 957.916
Macapá – 442.933
Vitória – 322.869
São Luís – 1.037.775
Cuiabá – 650.912
Campo Grande – 897.938
João Pessoa – 833.932
Teresina – 866.300
Natal – 751.300
Porto Velho – 460.413
Boa Vista – 413.486
Florianópolis – 537.213
Aracaju – 602.757
Palmas – 302.692

Segundo o Censo de 2022, o município paulista tem uma média 2,85 moradores em domicílios particulares permanentes ocupados.

Já entre os municípios brasileiros com mais domicílios recenseados, Guarulhos aparece em 13º. Foram 515.168 em 2022, ou 29,1% a mais do que em 2010 (399.125). No quesito, a cidade fica à frente de capitais como São Luís (MA), Maceió (AL) e Campo Grande (MS).

Censo do IBGE
O Censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE para fazer uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país, já que conta os habitantes do território nacional, identifica suas características e revela como vivem os brasileiros.

Todos os 5.568 municípios brasileiros, mais dois distritos (Fernando de Noronha e Distrito Federal), num total de 5.570 localidades, receberam visita de recenseadores. Segundo o IBGE, foram visitados 106,8 milhões de endereços em 8,5 milhões de quilômetros quadrados.

Foram respondidos 79.160.207 questionários, dos quais 88,9% com 26 quesitos e 11,1% com 77 quesitos. No total, 98,88% das entrevistas foram presenciais; o restante foi pela internet ou telefone.

Perfil de Guarulhos
A cidade, que tem registros de visita de Dom Pedro II em 1880, era chamada de Província de Nossa Senhora da Conceição de Guarulhos até 1906, quando uma Lei Estadual alterou o nome para o atual.

Nos anos 50, houve a inauguração das rodovias Presidente Dutra e Fernão Dias, e Guarulhos praticamente se “uniu” a São Paulo. Em 1985, o Aeroporto Internacional de São Paulo, o maior da América do Sul, entrou em operação na cidade.

Até poucos anos atrás, a cidade não tratava seu esgoto e despejava maior parte do Rio Tietê. Em 2018, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Prefeitura de Guarulhos assinaram um protocolo de intenções para assumir o fornecimento direto de água e parte do tratamento de esgoto do município.

Os guarulhenses sempre enfrentaram rodízio porque a quantidade de água que a cidade recebe era menor do que a necessidade da população.

Foi também na cidade que nasceu a banda Mamonas Assassinas, sucesso na década de 1990 que teve um fim trágico quando, em março de 1996, o jato em que estavam colidiu na mata. Os nove ocupantes morreram: os dois tripulantes, um segurança, um assistente de palco e os cinco jovens músicos.

Brasília amarela na Praça Mamonas Assassinas — Foto: Fábio Tito/G1
Brasília amarela na Praça Mamonas Assassinas — Foto: Fábio Tito/G1
Após o acidente, os Mamonas receberam uma série de homenagens póstumas em vias de Guarulhos, como uma praça com o nome da banda no Parque Cecap e ruas com os nomes dos músicos, como a Alecsander Alves, nome de batismo de Dinho, no bairro Villa Barros, onde o cantor morou.

Desde 2022, a cidade tornou-se refúgio para famílias afegãs, que começaram a entrar no país quando as tropas americanas encerraram os 20 anos de intervenção militar no Afeganistão e o grupo extremista Talibã voltou ao poder.

Na última contagem, realizada no domingo (25), 208 refugiados afegãos estavam abrigados no aeroporto. Ao todo, existem 1.059 vagas destinadas a imigrantes e refugiados em centros de acolhida em São Paulo e em Guarulhos, incluindo equipamentos gerenciados pelas prefeituras e pelo governo do estado. No momento, todas essas vagas estão ocupadas.

Fonte: G1

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