Política Guilherme Boulos e Ricardo Nunes polarizam eleição em São Paulo Redação4 de março de 2024043 visualizações Pesquisa RealTime Big Data realizada entre os dias 1 e 2 de março sobre as intenções de voto para a Prefeitura de São Paulo, encomendada pelo blog Três Poderes, do Portal R7, em parceria com a RECORD, registrada com o número SP-033963/2024, mostra um cenário ainda aberto na disputa pelo Edifício Matarazzo. O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, lidera todos os cenários estimulados e também na espontânea. Contudo, considerando a margem de erro, de três pontos percentuais, ele está tecnicamente empatado com o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) nos principais cenários do levantamento. O maior problema para Boulos é vencer a alta taxa de rejeição que carrega consigo, visto que 46% dos eleitores dizem que não votariam no ex-líder do MTST. Esse número é 8% maior do que os que não votariam em Nunes. O reflexo disso é que o atual prefeito teria vantagem em um eventual segundo turno entre os dois, com 51% dos votos válidos. Nunes acaba prejudicado quando entram na pesquisa candidatos identificados com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), casos do cenário 2, em que Ricardo Salles (PL) é indicado, e do cenário 3, em que o nome testado é o do senador Astronauta Marcos Pontes (PL). Tabata Amaral (PSB) atinge dois dígitos em todos os cenários. Pesquisa espontâneaA eleição ainda não está na mente do eleitor paulistano. Quando perguntados espontaneamente sobre em quem votariam caso a eleição fosse hoje, 63% dos entrevistados não souberam responder. Soma-se a esse número 14% de pessoas que disseram votar nulo ou branco. Dentre aqueles que já sabem apontar suas escolhas, Boulos tem 8% da preferência. Nunes vem na sequência, com 5% de citações. Tabata Amaral, com 2%, Kim Kataguiri (União Brasil), Celso Russomano (Republicanos) e Ricardo Salles, com 1% cada, completam a lista dos que atingem o número mínimo de citações para pontuar. Outros nomes somados alcançaram 5%. Pesquisa estimuladaEm um cenário mais provável, que contabiliza o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro ao prefeito Ricardo Nunes, Boulos abre cinco pontos de vantagem sobre Nunes. Boulos lidera a corrida com 34%, enquanto Nunes marca 29%. A contar a margem de erro, de três pontos percentuais, há um empate técnico no limite entre os dois candidatos. Com 10%, Tabata Amaral abre quatro pontos em relação a Kim Kataguiri, que tem 6%. Marina Helena (Novo) e Padre Kelmon (PRD) somam 1% cada. Nulos e brancos são 10% e os indecisos, 9%. A diferença principal entre Boulos e Nunes se dá na grande votação que o candidato do PSOL tem entre os moradores da periferia da cidade e das classes sociais de menor renda. Boulos abre 11 pontos de vantagem sobre Nunes no extremo da Zona Leste e 9 no extremo da Sul. Nas regiões mais ricas da cidade, a polarização Boulos-Nunes é impactada pela boa intenção de votos da candidata Tabata Amaral, que chega a atingir 22% dos votos nas regiões Centro-Sul e Oeste. De acordo com a pesquisa, nas classes mais altas, A e B1, Nunes lidera com 33%, contra 20% do candidato do PSOL. Quando candidatos bolsonaristas são incluídos, Nunes tem queda de quase 1/3 de seu eleitorado. Com Ricardo Salles testado, Boulos segue intacto com 34%, Nunes cai para 20% e o ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro assume a terceira posição, com 12%. Tabata Amaral segue com seus 10% e Kim Kataguiri oscila 2% para baixo, ficando com 4%. Padre Kelmon não pontua e Marina Helena se mantém com 1%. No terceiro cenário, em que o senador Astronauta Marcos Pontes entra no lugar de Salles, as posições se repetem. Boulos lidera com 34%, seguido por Nunes, com 21%; Astronauta Marcos Pontes, com 11%; Tabata Amaral, com 10%; Kim Kataguiri, com 5%; Marina Helena, com 1%; e Padre Kelmon, com 0%. Em ambos os cenários, 10% dizem votar nulo ou branco e 9% ainda estão indecisos. Segundo turnoEm uma simulação de segundo turno entre os dois líderes do levantamento, Nunes consegue uma virada sobre Boulos: 40% dos eleitores dizem preferir o atual prefeito, enquanto 38% escolhem o deputado federal do PSOL. Outros 12% dizem anular e 10% ficam indecisos. Computando apenas os válidos, Nunes sairia vitorioso com 51% dos votos contra 49% de Boulos. Possibilidades de votosDos que responderam à pesquisa, 26% disseram votar com certeza em Boulos, o que mostra que o deputado tem um caminho muito bem adiantado para estar no segundo turno das eleições paulistanas. Além disso, 17% ainda dizem que poderiam votar no candidato do PSOL. Apenas 11% dizem não o conhecer suficientemente bem para opinar. Nunes, apesar de prefeito por três anos, ainda tem 1/5 do eleitorado que diz que não o conhece bem. Por outro lado, 13% dizem estar certos do voto em Nunes e mais 29% dizem que, a depender dos cenários, poderiam votar por sua reeleição. Com um grau de desconhecimento mais alto, na casa dos 30%, Tabata tem o mais alto índice de “poderia votar” entre os postulantes: 41% dos eleitores admitem poder escolher a deputada federal do PSB para comandar a cidade. Já 7% dizem estar certos desse voto. Apenas 22% não votariam na candidata, a menor rejeição entre os citados. Com 60% de “não votaria”, Padre Kelmon é o recordista em rejeição. Com 44%, Kim Kataguiri tem uma rejeição bastante alta para o seu nível de conhecimento. Ademais, 29% dos eleitores dizem não conhecer bem o líder do MBL e deputado federal pelo União Brasil. Ligada a Paulo Guedes, ex-ministro da Economia de Bolsonaro, Marina Helena é a mais desconhecida dos possíveis candidatos, com 65% das pessoas dizendo não a conhecer. Fonte: r7