Incêndios atingiram 6,6 mil fazendas em SP

por Redação

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Campos, afirmou que o governo estuda formas de auxiliar os produtores rurais que sofreram com as queimadas em São Paulo na semana passada.

Segundo levantamento da Pasta, quase 6,6 mil propriedades foram atingidas em 302 dos 645 municípios paulistas. Os principais danos foram a lavouras de cana-de-açúcar, café, laranja e heveicultura (plantio de seringais) e sobre pastagens.

O ministério discute o melhor modelo para ajudar os produtores afetados, dentro das capacidades orçamentárias do governo. Uma possibilidade em debate, segundo Campos, é um “fast track” para uma das linhas de crédito do Plano Safra, o RenovAgro, destinada à recuperação e conversão de áreas degradadas. A intenção é usar mecanismo já existente, mas agilizar acesso aos financiamentos.

O programa tem R$ 2 bilhões em recursos programados para este ano. O limite de crédito é de R$ 5 milhões por beneficiário, com prazo de 12 anos para pagamento e carência máxima de oito anos, com taxa de juros de 7%.

O Ministério da Agricultura já identificou a necessidade de replantio de cana para a próxima safra. Questionada ontem, a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) informou que os incêndios podem ter afetado mais de 100 mil hectares de canaviais em São Paulo.

O fogo nas áreas de cana do Centro-Sul levou a consultoria Datagro a reduzir sua previsão para a moagem de cana e produção de açúcar na safra 2024/25. No novo relatório, de ontem, a estimativa da empresa, que era de produção de 602 milhões de toneladas de cana, passou a ser de 593 milhões. Em 2023/24, a produção foi de 654,4 milhões de toneladas.

Para a produção de açúcar, a estimativa, que era de 40 milhões, caiu para 39,3 milhões de toneladas. E, para o etanol de cana, ela estimou produção de 32,52 bilhões de litros, ou 440 milhões a menos do que previa antes dos incêndios.

Fonte: globorural

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