Infecção por Covid dá imunidade similar à da vacina, afirma estudo

Uma pessoa está tão protegida contra a Covid-19 após um contágio com o coronavírus como quando foi vacinada contra a doença, afirma um estudo publicado nesta sexta-feira (17), um dos mais extensos sobre o tema.

Nos meses posteriores à infecção, a imunidade permanece igual ou superior a 88%.

“Embora uma infecção proporcione uma proteção que diminui com o tempo, o nível desta (…) parece tão duradouro, ou até maior, que o conferido pela vacinação”, afirma o trabalho publicado na revista The Lancet.

A comparação é baseada nas vacinas de RNA mensageiro da Pfizer/BioNTech e da Moderna, que estão entre as mais eficazes contra a Covid-19 e que são as principais das campanhas de vacinação de muitos países ocidentais.

O tema não é novo e muitos estudos já tentaram comparar os riscos de reinfecção, dependendo se a pessoa está vacinada ou já foi infectada.

Mas o trabalho publicado pela revista The Lancet tem uma dimensão sem precedentes. Compila quase 60 estudos preexistentes, que remontam a vários anos e levam em consideração o surgimento, no fim de 2021, da variante Ômicron.

Esta última é muito mais contagiosa que as antecessoras e capaz de infectar muitas pessoas vacinadas, sem que estas corram um risco elevado de sofrer uma forma grave da doença.

O estudo conclui que o mesmo acontece em caso de infecção anterior por coronavírus. A proteção é bem mais fraca contra a reinfecção com a variante Ômicron, mas considerada sólida contra uma forma grave de Covid.

A proteção da imunidade natural contra a reinfecção é de cerca de 85% em dez meses no caso das variantes Alfa e Delta, enquanto no caso da Ômicron BA.1 essa salvaguarda cai para 36% após esse período de tempo.

No entanto, a proteção é de 90% em dez meses nas variantes Alfa e Delta contra hospitalização e morte, e de 88% no caso da Ômicron BA.1, segundo o estudo.

Os resultados não significam que é indiferente ser vacinado ou infectado para adquirir uma primeira imunidade. É muito mais arriscado sofrer a doença, em particular no caso de pessoas idosas.

“A vacinação é a maneira mais segura de adquirir imunidade”, enfatizou à revista o principal autor da análise, Stephen Lim, pesquisador da Escola de Medicina da Universidade de Washington.

O estudo, no entanto, oferece uma visão mais precisa do que é possível esperar do desenvolvimento de uma imunidade “híbrida” na população, pois cada vez mais pessoas estão vacinadas e contraíram o vírus pelo menos uma vez.

Os resultados sugerem que as futuras ondas de Covid resultarão em níveis reduzidos de hospitalização, conclui o estudo.

Fonte: Com informações da Agência Estado

Notícias Relacionadas

Fórum debate ações antirracistas em escolas da rede municipal

Procon Guarulhos multa loja na região central por publicidade enganosa

Opção pelo Simples Nacional terá início em janeiro