Brasil Investigação sobre irmã de ministro apura uso de emendas para asfaltar estrada perto da fazenda da família, no MA Redação1 de setembro de 2023062 visualizações A operação Benesse, deflagrada nesta sexta-feira (1º) pela Polícia Federal, chegou a Luanna Rezende, irmã do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, após percorrer o caminho do dinheiro de emendas parlamentares. O percurso dos recursos públicos em apuração pela PF é o seguinte: Juscelino destina dinheiro de emendas para a cidade de Vitorino Freire, no Maranhão, quando era deputado federal;a irmã dele é a prefeita da cidade;parte dos recursos é aplicada para o asfaltamento de uma rodovia que leva à fazenda da família, com contratos fechados entre 2019 e 2021.O esquema envolve verbas da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A operação desta sexta é desdobramento de investigações que começaram em 2021, foram aprofundadas, e chegaram ao caminho do dinheiro para a rodovia que leva à fazenda. O nome da operação, Benesse, remete a esse favorecimento. A PF cumpre 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, nas cidades de São Luís (MA), Vitorino Freire (MA) e Bacabal (MA). Luanna Rezende foi afastada da prefeitura de Vitorino Freire. Ministro nega irregularidadesO ministro Juscelino Filho é investigado no caso, mas não é alvo de mandados nesta sexta. Em nota, a defesa dele informou que “toda atuação de Juscelino Filho, como parlamentar e ministro, tem sido pautada pelo interesse público e atendimento da população”. “É importante ressaltar que Juscelino Filho não foi alvo de buscas e que o inquérito servirá justamente para esclarecer os fatos e demonstrar que não houve qualquer irregularidade. Emendas parlamentares, vale dizer, são instrumentos legítimos e democráticos do Congresso Nacional e Juscelino Filho segue à disposição, como sempre esteve, para prestar esclarecimentos às autoridades”, diz o texto assinado pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso. Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude a licitação, lavagem de capitais, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva. Fonte: G1