James Rodríguez, o melhor da Copa América, não quis voltar ao São Paulo. Não joga mais no Morumbi. Projeto midiático foi um fracasso

por Redação

Melhor do que Messi, Vinicius Júnior e Luiz Suárez.

Pelo menos na Copa América de 2024.

Foram seis assistências e um gol.

Recorde no torneio disputado nos Estados Unidos.

Essa é avaliação ‘fria’ da imprensa colombiana.

E do estafe de James Rodríguez.

Daí não haver lógica para o ídolo do país vizinho voltar ao São Paulo.

Na condição de reserva.

Ainda mais com ofertas do futebol norte-americano e de clubes europeus, pequenos, mas do Velho Continente.

E para ganhar bem mais do que 250 mil euros por mês, R$ 1,5 milhão, que acertou com o clube do Morumbi.

O jogador já havia avisado ao seu grande amigo do Bayern, e responsável por sua vinda ao São Paulo, Rafinha.

Depois da Copa América disse que colocaria fim na sua aventura brasileira.

Não teve o tratamento que esperava.

Foi reserva com Dorival Júnior, com Thiago Carpini e com Luiz Zubeldia.

Não contou com o apoio da direção do clube.

Mais especificamente com o presidente Julio Casares, que tinha um plano midiático arquitetado para o meia.

O dirigente que o contratou sem pedir opinião para treinador algum, sonhava em transformá-lo em fonte de renda.

Vender bonecos, camisetas, baldes de pipoca, copos.

Transformá-lo em um grande ídolo são paulino.

Só faltou ao presidente pesquisar como é a personalidade de James Rodríguez.

Jogador mimado, que sempre exigiu privilégios dos clubes que o contrataram, depois de passar por Real Madrid e Bayern.

Teve a camisa 10 do São Paulo negada.

Também os treinadores não submeteram o time a dar privilégios ao meia.

O principal, e básico, não ter de marcar, não participar da recomposição.

Situação que a Seleção Colombiana faz, com o maior prazer, pelo jogador.

James Rodríguez também reclamava que queria exercícios mais personalizados.

Ele estava com 32 anos quando foi contratado e tinha uma planilha de treinos já especificada.

E que se chocava com as exigências dos preparadores físicos do São Paulo.

Dorival, Carpini e Zubeldia tentaram conversar, impor seus métodos, mas James Rodríguez recusou.

Sabia que a Colômbia fazia uma campanha excelente, sob o comando de Néstor Lorenzo.

O técnico argentino tem excepcional relacionamento com James Rodríguez, o protege abertamente.

Casares tentou resolver a questão.

Mas James Rodríguez se mostrava arredio, inconformado com a reserva.

Os treinadores alegavam a Casares que só um jogador poderia ter o privilégio de não marcar.

Até mesmo Calleri se desdobra na saída de bola adversária.

Apenas Lucas merecia esse privilégio, porque era mais letal que James.

Ou seja, não havia saída para o impasse.

O colombiano não foi embora em janeiro porque o São Paulo não quis pagar R$ 11 milhões em dívidas com ele à vista.

Ele sabia que haveria a Copa América.

E que a janela do meio do ano é a mais nobre do que a do início.

Pelo menos para os Estados Unidos e Europa.

Ou até do mundo árabe.

Ele esperou, treinou, se preparou para a competição continental.

James Rodríguez é empresariado pelo português Jorge Mendes.

Ele foi empresário de Cristiano Ronaldo por 15 anos e mantém grandes jogadores agenciados.

Como Rúben Dias e Bernardo Silva, da Seleção de Portugal e do Manchester City.

Tem enorme conhecimento em clubes importantes de todo o mundo.

E eles decidiram a saída do São Paulo.

O acerto foi abrir mão do que teria para receber até o final do contrato.

E renunciar a uma dívida de R$ 4 milhões.

Além do salário de R$ 1,5 milhão até junho do próximo ano.

Ele fez apenas 22 partidas com a camiseta tricolor.

Dois gols e quatro assistências.

Passagem insignificante, diante de tanta expectativa.

Tudo foi resolvido, finalmente, na sexta-feira, quando ele avisou que não voltaria para se reapresentar.

Ele havia sido dispensado para comemorar seu aniversário, que foi no dia 12, na Colômbia.

A notícia foi bem recebida por Zubeldia.

O treinador argentino já havia deixado bem claro que não cederia aos caprichos de James Rodríguez.

Acabou o sonho midiático de Julio Casares envolvendo o colombiano.

Foi sua aposta pessoal que terminou com enorme fracasso.

Quando quiser contratar outro jogador midiático é bom pesquisar a personalidade do atleta.

E perguntar ao treinador do São Paulo se ele vai servir ao time.

Simples assim…

Fonte: GE

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