Jovem português que ordenou ataques no Brasil é acusado de homicídio

por Redação

O jovem português de 17 anos que ordenou ataques no Brasil a partir de cidades pacatas em Portugal foi acusado pelo Ministério Público luso de incentivar sete homicídios.

Ele fazia propaganda nazista e ordenava crimes de ódio no Brasil pela internet. Em um deles, a estudante paulista Giovanna Bezerra, também de 17 anos, foi assassinada a tiros.

As acusações do MP dizem que o jovem instigou sete mortes, consumando como autor intelectual o assassinato de Giovanna na Escola Estadual Sapopemba, zona leste de São Paulo, em outubro de 2023.

O assassino de Giovanna é um jovem de 16 anos que teria usado a arma do pai para cometer o crime premeditado em Portugal.

O jovem português dividia seu tempo entre as casas dos pais, separados, nas cidades de Santa Maria da Feira e Gondomar, ambas próximas ao Porto.

Quando foi detido na Feira em 2024 pela Polícia Judiciária, o jovem tinha mais três crimes planejados em escolas brasileiras. Ele orientava os assassinos no Brasil pela plataforma Discord.

O neonazi tinha planejado incentivar os seus seguidores a torturar e assassinar um morador de rua no Brasil, mas foi impedido pela PJ antes de dar a ordem do crime, que seria transmitido na plataforma mediante pagamento.

O Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa acusou o jovem de sete homicídios (seis tentativas) e três crimes de mortes e maus-tratos de animais.

Também é acusado de instigar e fazer apologia ao crime, associação criminosa, 223 crimes de pornografia de menores, coação, discriminação, incitamento ao ódio, à violência e ao suicídio.

Em comunicado enviado na época pela assessoria de imprensa e creditado a um porta-voz, a Discord afirma que colaborou com a investigação das autoridades do Brasil e de Portugal.

“A segurança é prioridade (…) Temos políticas rigorosas contra atividades ilegais e compartilhamento de conteúdo prejudicial, com tolerância zero para extremismo violento e abuso infantil”, informou o Discord, enumerando, entre as medidas, o “banimento de usuários, desligamento de servidores” e atuação “junto às autoridades”.

Fonte: OGLOBO 

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