Economia Lula afirma que ‘FMI vai errar as previsões’ sobre o Brasil, ‘porque país vai crescer mais’ Redação1 de agosto de 2023034 visualizações O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (1º) que o Fundo Monetário Internacional (FMI) “vai errar todas as previsões sobre o PIB” brasileiro, porque o país vai crescer mais do que o previsto (veja vídeo abaixo). A declaração foi dada durante o programa Conversa com o Presidente. “O mundo vai se surpreender com o Brasil. O FMI vai errar as previsões, porque o país vai crescer mais do que eles tinham previsto.” “Nós vamos colher muita coisa nesse país porque nós plantamos corretamente, estamos adubando corretamente, e o dinheiro vai circular na mão de milhões de brasileiros”, disse o chefe do Executivo. O presidente contou que chegou a rechaçar a possibilidade de números ruins para a economia brasileira em conversa com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva. Em relatório divulgado em abril, o FMI reduziu a perspectiva de crescimento econômico do Brasil para 0,9% em 2023, bem abaixo do cenário estimado para a América Latina e o Caribe. “Eu estava em Hiroshima, e lá fomos nós em um jantar oferecido pelo primeiro-ministro japonês. Lá eu encontrei a diretora-geral do FMI [Kristalina Georgieva] e eu falei para ela: ‘Você vai se surpreender com o Brasil. É bom vocês não ficarem citando número do Brasil porque você vai se surpreender. O Brasil vai crescer mais do que a previsão do FMI’”, contou Lula. Em versão atualizada do relatório “Perspectiva econômica global”, divulgada na última terça-feira (25), o FMI passou a ver uma expansão de 2,1% do Produto Interno Bruto brasileiro neste ano, um aumento de 1,2 ponto percentual em relação à estimativa anterior. O resultado se deve ao forte desempenho da produção agrícola do país no primeiro trimestre. Ainda assim, o fundo reduziu a projeção de crescimento para 2024 em 0,3 ponto percentual, para 1,2%. Durante a live, o presidente ressaltou que o objetivo do governo federal é promover um “crescimento distributivo”, usando a inclusão social como “mola mestra” do desenvolvimento. “Quando o povo percebe que a economia está funcionando, os empregos começam a aparecer, o salário começa a aumentar, a inflação começa a cair, as pessoas começam a perceber que as coisas estão melhorando para elas individualmente. Ao mesmo tempo, ela percebe que, se está melhorando para ela, está melhorando para o seu vizinho”, considerou. Otimismo na economiaNa última semana, a agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil para BB, frente ao BB- registrado anteriormente, com perspectiva estável. De acordo com o relatório da agência, a elevação “reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos”. A decisão foi comemorada pelo Ministério da Fazenda, que afirmou em nota que a elevação da nota de crédito brasileira é um reconhecimento dos “esforços do governo pela melhora do ambiente econômico”. O clima otimista na economia contribui para a expectativa de que o Banco Central reduza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano. No último relatório do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC admitiu a possibilidade de baixar a taxa básica de juros, que está em seu maior patamar desde 2017. Segundo analistas do mercado financeiro, o corte inicial deve ser de 0,25 ponto percentual, a ser anunciado após reunião nesta quarta-feira (2). Fonte: r7