‘Mainha do crime’: polícia prende mulher apontada como chefe de quadrilha que pratica crimes no Itaim Bibi, em SP

A Polícia Civil afirmou nesta terça-feira (18) que prendeu uma mulher apontada como chefe de uma quadrilha que comete crimes no Itaim Bibi, na Zona Sul de São Paulo.

Segundo o secretário da Segurança Pública (SSP), Guilherme Derrite, Suedna Barbosa Carneiro, de 41 anos, conhecida como “mainha do crime”, comandaria os criminosos que mataram o ciclista Vitor Medrado, de 46 anos, durante um assalto na frente do Parque do Povo, no mesmo bairro, na quinta passada (13).

Em entrevista ao Bom Dia SP, da TV Globo, Derrite afirmou, entretanto, que a polícia ainda não identificou os dois homens que atiraram em Medrado.

A prisão da mulher aconteceu em Paraisópolis, na Zona Sul. Na casa dela, foram apreendidos documentos e armas, que agora serão analisados pelos investigadores para tentar identificar os crimes cometidos por ela e se há alguma ligação com o assalto ao ciclista.

A defesa dela não foi localizada pela reportagem.

Derrite afirmou que a “mainha do crime” facilitava ações criminosas em São Paulo, financiando os ladrões que atuam não só no Itaim, mas também em diferentes pontos da cidade.

De acordo com a SSP, Suedna Barbosa já tinha passagem por porte ilegal de armas e receptação. Ela ficava com parte dos objetos roubados das vítimas durante os assaltos dos motociclistas armados, dizem os investigadores.

Vitor Medrado foi enterrado no sábado (15) em Belo Horizonte, onde havia nascido. Ciclista experiente, ele morava na capital paulista, onde trabalhava como orientador físico e era influente na área de ciclismo. Ele participava de competições e se destacou como atleta de pista de velódromo.

Por volta das 6h da manhã da última quinta-feira, ele estava parado na calçada em cima da bicicleta, mexendo no celular, em frente ao Parque do Povo, quando dois ladrões em uma moto o abordaram. O garupa da moto atirou sem que Medrado sequer tivesse reagido.

Após o ciclista cair da bicicleta, um dos criminosos pegou o celular dele do chão. Medrado foi socorrido e levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos. A dupla fugiu e ainda não foi localizada.

A Polícia Civil suspeita que o ladrão que atirou e matou o ciclista seja o mesmo que tentou roubar um motociclista no bairro Brooklin cinco horas depois e também atirou contra a vítima.

Homenagens

No dia seguinte, amigos, parentes e ativistas do ciclismo fizeram num protesto silencioso no local onde Medrado foi morto. O clima era de muita comoção e revolta com a falta de segurança da cidade de São Paulo.

Em entrevista à TV Globo, a esposa do ciclista, a enfermeira Jaquelini Santos disse que o marido andava preocupado com a segurança na região.

Emocionada, ela afirmou que “perdeu o grande amor” de sua vida, mas que “confia na Justiça Divina” para que os criminosos sejam punidos.

Fonte: G1

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