Anvisa Marcas de azeite proibidas pela Anvisa: saiba como não cair em golpe na hora de comprar o produto Redação25 de setembro de 2024033 visualizações A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de duas marcas azeite nesta terça-feira (24) por terem sido importadas e distribuídas por empresas desconhecidas e sem CNPJ no Brasil. São elas: o azeite de Oliva da marca Serrano, extravirgem – 0,5% de acidez;o azeite de Oliva da marca: Cordilheira, extravirgem – 0,5% de acidez.O g1 não conseguiu localizar o contato das duas marcas de azeite. A Anvisa não mencionou se encontrou alguma adulteração ou falsificação nos produtos proibidos. A reportagem solicitou ao órgão mais detalhes sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem. Por outro lado, como a origem dos produtos não foi identificada, a Anvisa diz que não há garantias sobre a segurança e qualidade dos azeites. A escolha de um azeite de qualidade precisa ter alguns cuidados. A seguir, confira dicas de especialistas na hora de comprar. Como não cair em golpePara comprar um azeite de boa qualidade, é importante optar pelos que foram envasados mais recentemente. Isso porque a palavra azeite, em sua origem árabe, significa “suco de azeitona”; portanto, é importante ter o máximo de frescor, explica Ana Beloto, azeitóloga e considerada a sexta mulher mais poderosa do agro pelo ranking da revista Forbes. O azeite tem três inimigos que o fazem estragar rapidamente: a luz, o oxigênio e o calor. Por causa da influência da luz, as embalagens costumam ser vidros escuros, isolando, assim, o contato com a claridade. Também existe o produto em lata. Veja mais dicas abaixo. Como é feita a fiscalizaçãoA fiscalização de azeite é um trabalho bastante minucioso no Brasil. O processo é feito pelo Ministério da Agricultura e conta com testes de fraude e qualidade. Veja o passo a passo mais abaixo. Depois de apreender garrafas nos supermercados, o governo envia amostras para um laboratório, que investiga se o azeite é verdadeiro – isto é, se está misturado a um outro óleo e se realmente se trata de azeite. Esses são os chamados testes de fraude. Uma vez que o produto for classificado como azeite, segue para a próxima etapa, os testes de qualidade. Nessa parte do processo, os especialistas vão investigar se o produto é extravirgem, virgem tipo único ou mesmo um lampante, que não pode ser consumido. A equipe conta com pessoas especializadas em descobrir irregularidades pelo cheiro e pelo paladar. Tipos de azeite Extravirgem: é o tipo de azeite de maior qualidade, produzido a partir de azeitonas em ótimo estado, com acidez menor que 0,8%. Nas análises sensoriais, predominam atributos positivos de frutado, amargo e picante. Tem ausência de defeitos; Virgem: é um azeite de qualidade intermediária, que também provém de extração de frutos de qualidade, mas com algum estágio de oxidação e com acidez menor que 2%. Nas análises sensoriais, aparecem defeitos, mas sem muita intensidade; Lampante: é um azeite de péssima qualidade, com acidez maior que 2% e que não pode ser destinado ao consumo humano. É muito provável que tenha sido feito a partir de azeitonas em péssimo estado de qualidade (colhidas estragadas, do chão ou armazenadas inadequadamente). Nas análises sensoriais, predominam os defeitos; Tipo Único: é um azeite geralmente derivado da mistura com refinado, ou seja, que foi alterado quimicamente para eliminar impurezas e ser destinado ao consumo humano. É misturado com o azeite de oliva virgem. Ele não chega a ser avaliado sensorialmente, mas é bastante neutro, traz aromas e defeitos diluídos, indicado para fritar por exemplo. Prejuízos à saúdeNas fraudes de azeite de oliva, diversos componentes podem ser usados, por isso, é difícil determinar os riscos para saúde do consumidor, explica o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério da Agricultura e Pecuária , Hugo Caruso. Por exemplo, na década de 80, mais de mil pessoas morreram na Espanha depois de consumirem o produto fraudado. O caso ficou conhecido como “a síndrome do azeite tóxico”. Caruso afirma que, no Brasil, é muito comum serem adicionados corantes e aromatizantes que não possuem autorização como ingrediente em óleos e que ainda não se sabe os riscos desses produtos para a saúde do consumidor. Outro problema seria o fato de o azeite ser recomendado pelos médicos para pacientes cardiovasculares, como um alimento que ajuda no sistema circulatório. Assim, pessoas que o adquirem com esse fim podem comprometer ainda mais a saúde em caso de adulteração, explica. Fonte: G1