Saúde Menopausa tem outros sintomas além das ondas de calor; saiba quais são Redação28 de julho de 2023090 visualizações Se existe uma certeza para as mulheres ao chegar à meia-idade, essa é a de que logo os primeiros efeitos da menopausa aparecerão. “A menopausa é a fase na vida da mulher em que a menstruação e a fertilidade terminam. Normalmente ocorre entre os 45 e 55 anos, sendo a média aos 51 anos”, explica a endocrinologista Thaís Mussi, da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). Nesse momento, o sistema reprodutor feminino para de produzir os hormônios estrogênio e progesterona, e os ovários encerram suas atividades. Outros fatores que podem levar à menopausa, além da própria interrupção natural desses ciclos, são algumas cirurgias, quimioterapia e radiações, segundo Isis Toledo, também endocrinologista da SBEM. A consolidação da menopausa se dá a partir da observação da última menstruação e desde que constatado um período de 12 meses sem o ciclo. Antes disso, ocorre o climatério, período que marca a transição entre a fase reprodutiva e o último ciclo menstrual. Nessa fase, é comum que existam irregularidades menstruais, que podem passar de dois a três meses entre um ciclo e outro até a interrupção definitiva, além de apresentar sintomas semelhantes aos da menopausa. O ginecologista e obstetra Alexandre Silva e Silva afirma que, entre os sintomas gerados pelo fim dos ciclos menstruais, as mulheres podem sentir ondas repentinas de calor (conhecidas também como fogachos), seguidas por suores frios, insônia, diminuição da libido, depressão, perda da lubrificação vaginal e redistribuição de gordura, o que pode ocasionar ganho de peso. É possível ainda que esse período traga alterações na memória e na concentração, assim como redução da densidade óssea, segundo Thaís Mussi. Os especialistas afirmam que a menopausa pode ocorrer de maneira precoce, antes dos 40 anos de idade, devido a alguns tratamentos médicos ou por algumas condições médicas. “Geralmente a causa é autoimune e isolada, mas pode estar associada a outras doenças endócrinas, como síndrome poliendócrina autoimune, doenças tireoidianas, adrenais e diabetes”, informa Isis Toledo. Diante das alterações sofridas pelo organismo, é comum também que haja um risco aumentado para o desenvolvimento de determinadas doenças, como a obesidade, aumentando a resistência à insulina e podendo evoluir para o diabetes; o surgimento da hipertensão arterial sistêmica, evoluindo para doenças cardiovasculares e insuficiência renal; depressão e ansiedade; osteoporose; incontinência urinária e prolapsos genitais. Os médicos ressaltam que os cuidados após o início da menopausa devem ser mantidos, com visitas anuais ao ginecologista e realização dos exames preventivos. Silva lista que os principais são a mamografia e ultrassom de mamas bilateral; ultrassonografia pélvica e transvaginal; exames de sangue para estudar o perfil lipídico; e dosagens hormonais. Quanto à realização do papanicolau, ele esclarece que a recomendação atual da Figo (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia) é que, caso a mulher tenha os últimos dois exames sem nenhuma alteração, o rastreamento seja feito a cada três anos. Para diminuir os sintomas da menopausa, a recomendação é sempre buscar auxílio profissional para verificar a necessidade de reposição hormonal. Para mulheres que tiveram diagnóstico de câncer de mama, hiperplasia endometrial não tratada, hepatopatia aguda, tromboembolias ou infarto, o tratamento é contraindicado. Fonte: r7