Poderosa e destrutiva, a metanfetamina é conhecida como ‘droga do sexo’, por ser fornecida a garotas de programa. A quadrilha que produzia a droga sintética em São Paulo tinha uma fórmula desenhada à mão, escrito em chinês, com especificações de quantidades e ingredientes.
Os criminosos também utilizavam desenhos simples, detalhando o processo químico.
De acordo com a polícia, o engenheiro químico mexicano Guillermo Fabian Martinez Ortiz repassou seus conhecimentos principalmente para grupos de chineses, nigerianos e brasileiros que vivem em São Paulo.
Mexicano preso
Guillermo Fabian Martinez Ortiz é engenheiro químico e apresentou à Justiça um contrato de trabalho com uma das maiores uma das maiores empresas de exploração de petróleo do mundo. Segundo a polícia, ele se mudou para São Paulo e usou a experiência para produzir metanfetamina.
Investigação
A investigação da polícia começou há seis meses, depois que um homem de nacionalidade chinesa denunciar ter sido atraído para o Brasil para um emprego em uma confecção em São Paulo. Ao chegar, descobriu que tudo era mentira e o trabalho era em um apartamento onde funcionava um laboratório de metanfetamina. O apartamento era alugado por três chineses e, segundo a polícia, mais de 2 mil pessoas passaram pelo local em apenas três meses.
Segundo a polícia, o empresário chinês Marcos Zheng, influente na comunidade chinesa de São Paulo, era um dos chefes da quadrilha. Outro criminoso que também foi preso, Pikang Dong, de 71 anos, apelidado de “Rodízio”, cuidava principalmente da compra e da venda da droga.
Segundo as investigações, eles chamavam a metanfetamina de “pin”, e as transações envolviam até pagamentos via pix, apelidado de “pici” pela quadrilha.
A droga, popularmente conhecida como a “droga do sexo”, era fornecida a garotas de programa.
Segundo as investigações, os traficantes chineses tiveram que pedir autorização do crime organizado para poder comercializar a metanfetamina.
Efeitos da droga e problemas de saúde pública
José Luiz da Costa, coordenador do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp, alerta para os efeitos da metanfetamina para as pessoas:
Prisões
Guillermo Fabian, Marcos Zheng e Pikang Dong estão presos. Outras 23 pessoas – a maioria chineses e brasileiros – também foram para a cadeia, acusados de tráfico de metanfetamina.
Pikang disse que a droga era para consumo próprio e que não é traficante. Ele já foi julgado e condenado a 9 anos de prisão.
A defesa de Guillermo Fabian nega as acusações de que o mexicano fazia metanfetamina e disse que ele trabalha com DJ em São Paulo.
Já a advogada que acompanha o inquérito do chinês Marcos Zheng diz que o cliente é inocente e que o carro encontrado com traços da droga estava emprestado para um prestador de serviço.
Fonte: Fantástico