Metroviários fazem assembleia hoje para decidir sobre possível nova greve

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo marcou para esta quinta-feira (5) uma assembleia para debater a possível realização de uma nova greve. A discussão ocorrerá dois dias após a categoria, ao lado de funcionários da CPTM e da Sabesp, fazer uma paralisação de 24 horas contra projetos do governo estadual para a privatização dessas companhias.

Na reunião desta quinta, marcada para as 18h30, os metroviários pretendem debater a possível realização de uma greve na semana que vem e também a data a ser escolhida, entre outros temas.

Os sindicatos que representam os funcionários da CPTM e da Sabesp não divulgaram, até a publicação desta reportagem, se também participarão da assembleia.

Segundo os metroviários, a assembleia ocorre em razão de impasses nas últimas votações.

Na quarta-feira (4), as três categorias divulgaram nota conjunta em que chamaram a greve unificada de 3 de outubro de “resistência histórica”. “Após nossa mobilização, o governo não poderá mais fazer as privatizações às escondidas, como pretendia: o debate público foi colocado, e ficou demonstrado que a população é contra as privatizações”, afirma trecho do documento assinado por Sintaema, Sindicato dos Metroviários, Sindicato dos Ferroviários de São Paulo e Sindicato Central do Brasil.

A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) vem defendendo a privatização de serviços como uma forma de melhorá-los. O governo classificou a paralisação como ilegal e abusiva e disse que ela é feita com objetivos políticos. “É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão”, declarou a gestão Tarcísio, em comunicado oficial.

A paralisação
A greve da última terça trouxe transtornos à população, já que nove linhas de trens e metrô deixaram de operar parcial ou totalmente. A Prefeitura de São Paulo e o governo estadual decretaram ponto facultativo, e as aulas em escolas estaduais não aconteceram. Além disso, o rodízio municipal de veículos foi suspenso, e a frota de ônibus teve o reforço da operação Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência).

Apesar das tentativas, a cidade chegou a registrar mais de 800 km de trânsito no horário de pico da tarde. Os passageiros foram os principais atingidos, aglomerando-se em ônibus e levando longos intervalos de tempo para realizar os deslocamentos.

Fonte: r7

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