Moradores de SP têm se deslocado menos e uso de transporte individual supera o coletivo, aponta pesquisa Origem e Destino

As pessoas estão se deslocando menos, mas com mais intensidade pela manhã e, principalmente, por meio de carros e motos. Esse é um comportamento pós-pandemia que aparece na pesquisa Origem e Destino, realizada pelo Metrô de São Paulo divulgada nesta terça-feira (11).

Entre 2017 e 2023, o deslocamento diário de moradores de São Paulo caiu 15%.

Segundo o levantamento:

em 2023, foram 35,6 milhões de viagens diárias.
já em 2017, foram 42 milhões.
As viagens foram divididas em quatro principais categorias: transporte coletivo (ônibus, metrôs e trens) e transporte particular (basicamente carros e motos) e as viagens a pé e por bicicleta.

Segundo a pesquisa, o horário de pico do transporte motorizado é de manhã, uma mudança expressiva em relação ao levantamento anterior, que indicava o almoço como o horário mais movimentado.

➡️ Às 6h da manhã é quando mais gente usa o transporte coletivo. Já quem se desloca de carro costuma fazer o trajeto um pouco mais tarde, por volta das 7h.

➡️ A renda familiar de quem usa preferencialmente o transporte individual, ou seja, o carro e a moto, fica entre R$ 5,2 mil e R$ 10,5 mil.

➡️ O principal motivo para se deslocar é o trabalho. Em média, as viagens duram 28 minutos. A maior parte desse grupo é composta por homens com idade entre 30 e 49 anos.

➡️ A cada 100 viagens na região metropolitana, 36 são feitas com transporte particular.

➡️ A frota, inclusive, cresceu 22% em 2023 em relação a 2017 – ao todo, existem 5,3 milhões veículos particulares na Grande São Paulo.

O que chama atenção é que, apesar do aumento na quantidade de carros e motos, o número de viagens com eles teve uma pequena queda. A avaliação é que a implantação do home office por várias empresas teve impacto maior nesse público do que em quem usa o transporte coletivo.

Mudanças pós-pandemia

Tradicionalmente, a pesquisa é lançada de 10 em 10 anos desde 1967, a última saiu em 2017. No entanto, o levantamento foi antecipado em cinco anos, para 2023, como uma maneira de entender as mudanças causadas pela pandemia de Covid-19 na mobilidade.

Os dados foram coletados através de entrevistas com moradores. Nesta edição, foram ouvidas 79 mil pessoas em 32 mil domicílios da Grande SP. Eles responderam a perguntas relacionadas aos deslocamentos para compromissos cotidianos.

O levantamento reuniu dados de deslocamentos não motorizados – a pé e de bicicleta – e motorizados, ônibus e veículos particulares.

Do total dos 35,6 milhões de deslocamentos de 2023:

70,5% delas foram de viagens motorizadas: sendo 34,4% de transporte coletivo e 36,1% em veículos particulares
29,5% de viagens não motorizadas: sendo 28,2% a pé e 1,3% de bicicleta.
Quando comparado com 2017, as únicas modalidades que tiveram aumento de deslocamento foram de bicicleta e veículo particular. Todas as outras tiveram queda, no total de 42 milhões de trajetos realizados naquele ano:

67,3% foram motorizadas: sendo 36,4% de transporte coletivo e 30,9% em veículos particulares
32,7% foram viagens não motorizadas: sendo 31,8% a pé e 0,9% de bicicleta
O aumento na utilização de transportes particulares foi de 16,8% nos 5 anos.

Fonte: G1

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