Nunes estuda projeto para construir teleférico na Brasilândia: ‘É uma alternativa possível’

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) avalia um projeto preliminar apresentado pela Secretaria de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e da SP Urbanismo de melhoria do bairro da Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, que prevê a construção de um teleférico.

Durante as eleições do ano passado, o candidato derrotado Pablo Marçal (PRTB) apresentou proposta de construção de teleférico na cidade e foi duramente criticado (leia mais abaixo).

Em 19 de junho de 2024, antes das convenções partidárias das eleições municipais, a Secretaria solicitou um estudo urbanístico para implantação de melhorias de infraestrutura e desenvolvimento a pedido da Câmara Municipal de SP.

Quase um ano depois, o projeto foi colocado no Portal de Processos Administrativos da prefeitura nesta quarta-feira (26). O projeto pode beneficiar até 243 mil habitantes da região.

O documento sugere para a gestão municipal a instalação do teleférico como uma solução para a locomoção dos 243 mil moradores no distrito, que é composto por várias comunidades no alto de montanhas, no pé da Serra da Cantareira.

A estimativa de custo é de R$ 2,84 bilhões. Desse montante, R$ 2,42 bilhões seria para a instalação das cabines, estações e cabeamento do teleférico.

Já R$ 257,29 milhões serão para desapropriações de casas e áreas, além de outros R$ 160 milhões para implantação dos redesenhos viários e hortas urbanas ao longo do trajeto.

Durante a campanha eleitoral do ano passado, o candidato Pablo Marçal (PRTB) apresentou uma proposta para construir teleféricos em diversas áreas da cidade, interligando rodovias e bolsões de carros com outras áreas do município.

A proposta foi motivo de críticas entre os adversários e de piada entre internautas e eleitores contrários ao candidato derrotado do PRTB. Um dos críticos foi o próprio prefeito Ricardo Nunes, que chegou a dizer que era inviável colocar teleférico na capital durante os debates entre os candidatos.

Questionado sobre uma possível incoerência de discurso e se acatou a ideia do Pablo Marçal, o prefeito reeleito disse, em entrevista ao g1 e GloboNews, que o caso da Brasilândia é pontual, por sua questão geográfica, e que a proposta de Pablo Marçal tinha outro caráter.

Nunes também afirmou que há um “problema mais complexo de mobilidade em uma parte da Brasilândia que fica no alto, onde tem o CEU Paz”.

“Fazer o transporte apropriado desse ponto alto até a parte baixa teríamos que fazer uma escada rolante ou teleférico. O teleférico, nesse caso, é uma alternativa possível. A SPTrans irá fazer um estudo mais aprofundado da demanda, me pediram 30 dias, e aí vamos avançar ou não”, completou o prefeito.

Por meio de nota, Pablo Marçal diz que a proposta para a Brasilândia “reforça que ele [Nunes] ainda está amadurecendo como prefeito.

“Espero que ele reconheça a sua afobação em criticar aquilo que não entendia. Agora, alguém mais entendido que ele deve estar mostrando a saída. Torço para que as obras aconteçam em tempo hábil e não às vésperas da próxima disputa eleitoral, que sejam executadas de maneira transparente, com as devidas licitações, e que não se tornem mais um canal de desvio de verbas. A discussão não é sobre pessoas, mas sobre ideias que possam servir ao povo”, afirmou.

Fonte: G1

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