Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (28), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) voltou a afirmar que a greve promovida por funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp é um ato político.
“É o cidadão que fica sem transporte, que vai se acotovelar no ônibus, que vai demorar horas para chegar em casa ao fim do dia. Isso não é justo. Não está certo”, afirmou.
Ele disse ainda que os estudos para concessões não vão parar, pois estão previstos em seu plano de governo desde o início.
“A operação da Sabesp acontecerá no ano que vem. E vai ser um grande sucesso. Do mesmo jeito que nós prometemos não aumentar a tarifa no primeiro ano de mandato e não aumentamos. Essa é uma greve política. Não é reivindicação por salário nem por outra medida trabalhista.”
O Governo de SP estima que 4,6 milhões de passageiros sejam afetados pela interrupção dos serviços sobre trilhos.
Enquanto isso, a manifestação é chamada de “Dia Estadual de Greve do Funcionalismo e Estatais” pelos sindicatos que representam os trabalhadores
A paralisação ocorre menos de dois meses após a última greve do transporte público, realizada em 3 de outubro. Na ocasião, a cidade conviveu com congestionamentos acima da média e ônibus lotados.
Decisão judicial ignorada
Tarcísio lembrou ainda que, mais uma vez, a decisão judicial que pedia o funcionamento de ao menos 80% do sistema de transporte não foi cumprida.
“Foi solenemente ignorada. A gente enumerou as pessoas que deveriam trabalhar no horário de pico. E não foi seguido. Após a greve, vamos aplicar medidas. A gente está pagando os salários. Não podemos tolerar indisciplina”, disse.
O governador também citou o Provão Paulista, que deveria ter seu primeiro dia de exames aplicado justamente nesta terça e foi adiado.
“Como ficam esses alunos, gente que veio de fora de São Paulo para fazer?”, questionou. “Todo mês vamos ter uma greve do Metrô? Qual vai ser a próxima? Porque nós vamos continuar estudando privatizações.”
Fonte: r7