O pai da menina de 5 anos que foi encontrada morta em um apartamento de Taguatinga, no Distrito Federal, afirmou que esteve com a filha um dia antes do crime, no sábado (4). Em depoimento à 17ª Delegacia de Polícia Civil, em Taguatinga Norte, nessa segunda-feira (6), o homem negou ser ausente na criação da criança.
O delegado Mauro Aguiar, responsável pelo caso, disse que o pai da criança demonstrou ser uma pessoa tranquila e que a mãe teria matado a menina para se vingar dele, após a separação.
A menina foi encontrada morta depois de um incêndio que tomou conta do apartamento onde ela morava com a mãe. No entanto, segundo informações do Instituto Médico Legal (IML), a morte foi causada por esganadura.
“Ela matou a criança para que o pai sentisse uma dor maior”, afirma o delegado. Durante o depoimento, o homem contou que pagava pensão corretamente e que o tio da menina morava no prédio e dava assistência para a ex-companheira e a filha do casal. Ele teria dito, ainda, que a mulher não aceitava que ele se envolvesse com outra pessoa após a separação.
O homem afirmou ao delegado que a ex-companheira era cuidadora de crianças até julho de 2022. A Justiça do DF converteu em preventiva a prisão da mulher, apontada como principal suspeita da morte da filha.
A carta
Em carta, supostamente escrita pela mulher, ela detalhou como mataria a filha e incendiaria o apartamento em seguida. O texto teria sido escrito às 12h34 desse domingo (5). A mulher teria relatado que asfixiaria a criança com um travesseiro e amarraria os pés e as mãos dela com um cadarço.
Em um trecho do texto, endereçado ao pai da criança, a mulher teria escrito que ele nunca mais veria a filha. “Que você viva com essa culpa para sempre. Era o que você sempre queria, nunca mais ver sua filha. Que seja feita a tua vontade, com toda dor e ódio de mim no meu coração. Nunca quis ser ‘pai’ de verdade mesmo. Te encontro no inferno”, escreveu.
Em outra passagem, ela pede desculpas à mãe por ter causado “desgosto”. “Te amo muito. Vai estar comigo para sempre, minhas irmãs e irmãos também. Amo muito cada uma de vocês. Não fiquem tristes agora, vou tá [sic] em paz para sempre”, disse.
De acordo com o Tribunal de Justiça do DF, a mulher é investigada por crime de homicídio qualificado por motivo fútil. Com a determinação da prisão, o inquérito será encaminhado para o Tribunal do Júri de Taguatinga, onde o processo será tramitado.
Fonte: Com informações da Agência Estado