Abel Ferreira evita pensar sobre a despedida. Limita-se a aproveitar Estêvão pelo tempo que resta no Palmeiras antes da ida ao Chelsea, após a Copa do Mundo de Clubes. “Desfrutem. É um moleque que tem magia dentro dele”, disse o técnico ainda em 2024. Não sem motivos. A dois meses do adeus, a Cria da Academia faz o Alviverde desfrutar mais uma vez.
Estêvão marcou dois dos três gols do Palmeiras na vitória por 3 a 0 sobre o Ceará, na quinta-feira, no Allianz Parque, conduzindo a classificação do time às oitavas da Copa do Brasil. Noite de sua última participação na competição, aliás.
A contagem regressiva do atacante de 18 anos segue com Flamengo, Sporting Cristal e Cruzeiro, entre Libertadores e Brasileiro, encerrando com a disputa da Copa do Mundo de Clubes, que acontece entre junho e julho nos Estados Unidos.
No Allianz Parque, o Palmeiras deu sequência ao rodízio de atletas no elenco, fazendo uma mudança, contudo, no posicionamento do ataque: Estêvão, normalmente alocado pela direita, atuou entre o meio e o lado esquerdo do campo, invertido com Mauricio.
Assim iniciou a escalação: Weverton; Giay, Bruno Fuchs, Gustavo Gómez e Piquerez; Aníbal Moreno, Lucas Evangelista e Felipe Anderson; Mauricio, Estêvão e Vitor Roque.
O Palmeiras, porém, se viu forçado a fazer uma mudança com apenas nove minutos: Felipe Anderson sentiu a coxa e saiu, substituído por Mayke. Não era o plano de início, mas deu certo.
O lateral-direito, acionado como ala, na função de Felipe Anderson, vinha construindo com Mauricio, destaque na criação, e Estêvão as melhores oportunidades ofensivas.
Originando boas chances aos 21 com Estêvão, 43 com Evangelista, aos dois do segundo tempo com Vitor Roque e aos oito em cabeceio de Gustavo Gómez, mas sem balançar as redes. Faltava paciência para matar o lance. E no primeiro tempo até certa mira, quando só duas de oito finalizações foram no alvo.
Do outro lado, viu o Ceará pouco ameaçar. Chegou a marcar aos 44 do primeiro tempo, com direito a vacilada de Bruno Fuchs na marcação, mas em lance anulado por impedimento. Foram 17 finalizações do Palmeiras, sendo oito no alvo, contra apenas nove do Ceará, nenhuma no alvo.
Até que a partir dos 17 da segunda etapa, a história destravou. Estêvão sofreu e cobrou pênalti, defendido por Fernando Miguel, mas logo em seguida empurrado para as redes no rebote, aos 21. Três minutos depois, com passe de Evangelista, a Cria pedalou na área e fez um golaço para o 2 a 0. E aos 41, Flaco López fechou a conta, 3 a 0.
Bastou destravar para garantir a classificação, emendando a sétima vitória seguida do time, que vai se aproximando da Copa do Mundo de Clubes em um cenário de tranquilidade.
E o Palmeiras, no confronto mais equilibrado da terceira fase da Copa do Brasil, com o Ceará atualmente posicionado em quinto no Brasileiro, venceu com autoridade.
Fonte: GE