Palmeiras ferve São Paulo e vai à sexta final seguida do Paulistão para fazer história

A temperatura caiu na cidade de São Paulo, mas ferveu o Allianz Parque no Choque-Rei desta segunda-feira. Um ritmo rápido, intenso e mesmo carente de futebol mais vistoso, mas pulsante com as arquibancadas – como há muito não se via no estádio. Suficiente para a classificação à final do Campeonato Paulista.

Impulsionado pela torcida – que atendeu aos pedidos de união de Abel Ferreira -, o Palmeiras fez 1 a 0 sobre o São Paulo com gol de Raphael Veiga, chega à sexta final seguida e pode se tornar o primeiro tetra consecutivo no Paulista na era profissional.

Em número de finais seguidas, esse é um recorde para o Verdão no Estadual. Considerando outros clubes, só está atrás das oito finais consecutivas do Santos entre 2009 e 2016.

No Allianz Parque, Abel Ferreira fez apenas uma troca em relação ao 3 x 0 sobre o São Bernardo nas quartas: saiu Flaco López e entrou Vitor Roque. Com Gómez e Piquerez começando no banco de reservas – de volta após lesão -, o time teve Weverton; Rocha, Murilo, Micael e Vanderlan; Emi Martínez, Ríos e Veiga; Estêvão, Facundo Torres e Vitor Roque.

O Palmeiras viu o São Paulo melhor no início da partida, encontrando espaços na intermediária, e teve esse como o ponto de atenção do primeiro tempo.

Só que as poucas chances que o Tricolor criou foram interceptadas pela marcação alviverde com bons desarmes de Micael, Emi Martínez, Rocha – líder no quesito, com seis no jogo – e Richard Ríos, com quatro e a habilidade de quase que se multiplicar dentro de campo. O time melhor defendeu do que atacou, inclusive.

O ataque tinha um Vitor Roque naturalmente ainda um pouco desentrosado em sua noite de estreia, mas no aquecimento ele fez questão de chamar Veiga e Estêvão por mais de uma vez na tentativa de acelerar esse processo.

– Falou de algumas situações de jogo. “O que eu faço quando acontecer essa situação, vou, não vou? Quando fizer esse movimento, vou fazer isso, prefiro assim.” A gente não teve muito tempo para treinar junto, mas com o tempo as coisas vão melhorar – disse Veiga à Cazé TV após a partida.

Aos poucos, porém, o Alviverde assumiu melhor controle, arriscando com Vanderlan aos 23, Estêvão aos 30 e 36 e nos minutos finais, aos 44, Vitor Roque fez valer a espera por sua chegada. Ganhou a bola no erro de saída do goleiro Rafael, levou uma entrada de Arboleda e ganhou o pênalti (polêmico e que gerou reclamações dos rivais), cobrado por Veiga para fazer 1 a 0.

Sem mudanças no intervalo, o Palmeiras caiu de ritmo no início do segundo tempo e levou sustos com cabeceio de Calleri e rebote de Alan Franco aos 13 e 17. Parecia o prenúncio de uma classificação difícil.

As substituições, contudo, vieram com trocas para reanimar o ataque e reforçar a marcação, que passou a ter Murilo, Micael e Gómez em esquema de três zagueiros.

E as reações do Verdão vieram em contra-ataques, sendo o melhor deles aos 41 com Felipe Anderson, Raphael Veiga e Estêvão, que tentou colocado e viu a bola desviar na zaga para sair pela linha de fundo.

As redes não balançaram novamente, mas a postura segura defensiva na reta final – não somente da última linha, mas também do ataque reforçando a sustentação – segurou o resultado até o grito de alívio da torcida para selar a classificação.

Agora, o Palmeiras se prepara para as duas finais contra o Corinthians. A primeira no Allianz Parque e a segunda na Neo Química Arena, pelo somatório das campanhas. As datas serão definidas na tarde terça-feira, na sede da FPF, com previsão de 16 março e 26 ou 27 de março.

Fonte: GE

Notícias Relacionadas

Santos erra em estratégia sem Neymar e cai no Paulistão

Semifinais do Paulistão 2025: veja datas, horários e onde assistir

Endrick é eleito o craque do Paulistão, e Rômulo brilha com três prêmios