Brasileirão Palmeiras usa bem melhor elenco da era Abel e tem ousadia recompensada para seguir líder Redação12 de maio de 2025013 visualizações A vitória do Palmeiras sobre o São Paulo por 1 a 0 nesse domingo, na Arena Barueri, teve como méritos a postura do time ao longo do Choque-Rei e o bom uso do elenco, considerado o mais forte nos quase cinco anos da era Abel Ferreira. Depois de garantir a liderança do grupo e classificação na Libertadores com duas rodadas de antecedência, o Verdão entrava em campo no clássico sabendo que precisaria vencer para seguir na ponta do Brasileirão nesta oitava rodada. Por conta da maratona de jogos, Abel mudou praticamente metade do time. Saíram Vanderlan, Emiliano Martínez, Lucas Evangelista, Facundo Torres e Vitor Roque para as entradas no domingo de Piquerez, Aníbal Moreno, Richard Ríos, Paulinho (sua estreia como titular) e Flaco López. Apesar de tantas mudanças, a organização tática se manteve: Giay fazendo a saída com os zagueiros Gustavo Gómez e Bruno Fuchs, Allan na ala direita, Piquerez na esquerda, Estêvão e Paulinho por dentro atrás de Flaco, com Richard Ríos se aproximando da criação pelo lado direito. Foi desta forma que o Palmeiras começou o jogo empurrando o São Paulo, com volume, mas dificuldades para concluir a gol. A primeira etapa estava desenhada com os comandados de Abel Ferreira rondando a área adversária, forçando escanteios e correndo pouco risco. Mas fazendo o goleiro Rafael trabalhar pouco, também. Sempre com mais posse de bola, o Verdão encontrou boas saídas para se aproximar da área são-paulina, especialmente com lances individuais de Estêvão e pivôs de Flaco. O problema estava na definição dos lances. Paulinho, pela primeira vez escalado desde o início, chamou a atenção pela inteligência a cada toque na bola. O camisa 10 ainda aparenta estar um pouco “preso” fisicamente, mas mostrou evolução neste sentido, aproximando-se da área, com duas conclusões perigosas, além de jogadas para clarear o ataque. Ele jogou até os 20 minutos, quando deu lugar a Mauricio. A troca fez o lado de Estêvão mudar: o camisa 18 ficou na direita, e o garoto passou para a esquerda, onde estava Paulinho. Lucas Evangelista e Felipe Anderson já tinham entrado um pouco antes, para dar mais volume ofensivo ao Palmeiras. As trocas do São Paulo, especialmente Oscar e Luciano, deixaram o adversário mais perigoso, e o clássico também mais aberto. Quando já não tinha o domínio de antes, o Verdão fez as últimas trocas partindo para o tudo ou nada: Raphael Veiga entrou na vaga de Aníbal Moreno, e Vitor Roque substituiu Estêvão. Nos 15 minutos finais, o time de Abel Ferreira não teve mais volantes marcadores e aumentou a qualidade, com Lucas Evangelista, Raphael Veiga, Mauricio, Felipe Anderson, Vitor Roque e Flaco López. O camisa 9 não foi a referência e ocupou o lado esquerdo do ataque, aproximando-se de Flaco López para deixar a área mais povoada. Ele iniciou e terminou a jogada do gol, aos 49 minutos do segundo tempo. Depois de 12 jogos sem marcar, o Tigrinho agora emenda a terceira partida seguida indo às redes. A confirmação do gol pelo VAR acabou premiando a equipe que mais tentou em Barueri. O Palmeiras terminou o clássico com mais posse de bola (54% x 46%), mais finalizações (15 x 6) e a vitória. Desde que mudou o esquema e passou a ter menos jogadores no departamento médico, o Verdão voltou a ser um time consistente. Assim, pode rodar o elenco e manter um padrão de desempenho mais alto. E com diversos bons jogadores, pode também controlar o desgaste pela maratona de jogos e ainda terminar a semana de maneira ideal: classificado com a melhor campanha até aqui da Libertadores e líder do Brasileirão após oito jogos. Fonte: GE