A Polícia Federal intimou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a prestar depoimento, novamente, sobre o caso das joias. O pai dele, o general Mauro Lourena Cid, também deve ser ouvido. Os dois foram chamados pela corporação após as investigações da PF mostrarem a negociação de uma nova joia relacionada a Bolsonaro.
Os dois devem depor à PF na próxima terça-feira (18). O pai prestará depoimento no Rio de Janeiro, e Mauro Cid deve ser ouvido em Brasília.
Mauro Cid é suspeito de envolvimento no caso por entrar no país de forma irregular com joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita, além de tentar vender os itens. Mauro Cid é suspeito, também, de fraudar dados de vacinação de Bolsonaro e da filha mais nova do ex-presidente.
Em março, o militar foi preso após prestar depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) sobre um áudio no qual fez ataques à Polícia Federal e ao ministro Alexandre de Moraes. Em maio, Moraes autorizou a soltura dele.
Na gravação, o ex-ajudante de Bolsonaro afirma que a PF o pressionou a relatar fatos que não aconteceram e a detalhar eventos sobre os quais não tinha conhecimento. Cid diz que foi induzido por policiais a corroborar declarações de testemunhas e a reproduzir informações específicas, sob pena de perder os benefícios do acordo de delação premiada. O militar critica a atuação de Moraes, dizendo que o ministro faz o que bem entender.
Fonte: r7