PF vê Abin sem regramento e cobra nova norma para órgão de inteligência

Ala da Polícia Federal vê a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) atuando à margem da lei e cometendo erros em série especialmente por falta de uma atualização nas normas que estabelecem regras e limites para a atuação do órgão.

Num último lance de apurações importantes que afetam a agência, os jornalistas Andreia Sadi e Octávio Guedes revelaram que o atual diretor-geral do órgão, Luiz Fernando Corrêa, foi chamado a depor na PF para explicar as acusações de monitoramento ilegal, sem ordem judicial, de autoridades paraguaias, durante uma disputa entre Brasil e o país vizinho sobre contratos da usina de Itaipu.

Fontes da PF explicam que, sim, a atuação institucional da Abin inclui a apuração de informações sensíveis a temas estratégicos para o país, como é o caso de energia. “Mas não há qualquer cobertura para monitoramento de telefones ou monitoramento telemático sem autorização da Justiça. Isso está à margem da lei.”

Servidores da Abin têm reagido à pressão da PF, que se arrasta desde o início do governo Lula. Os policiais federais apontam que é imprescindível reescrever as normas que regem a agência. Integrantes da Abin dizem que são os primeiros a cobrar “vara especializada para Inteligência” e revisão da lei que trata do órgão. Inclusive, foram editadas mais de 70 portarias com novas normas na Abin só nesta gestão.

Fonte: G1

Notícias Relacionadas

Corpo de recém-nascida desaparecida em Alagoas é encontrado no quintal da casa da família, diz polícia

Adolescente de 14 anos era um dos chefes de rede de crimes de ódio contra menores na internet, diz polícia

Carro desgovernado invade supermercado em Guapimirim, e funcionário escapa por um triz