Polícia encontra corpo e investiga morte de dentista que desapareceu na Dutra

A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte do dentista Alisson Frade, de 31 anos, que estava desaparecido desde a madrugada de domingo (20), em Taubaté, no interior de São Paulo.

O corpo dele foi encontrado nesta quarta-feira (23), embaixo de um viaduto, no km 118 da via Dutra, na confluência com a rodovia Carvalho Pinto.

A hipótese é que Frade, que havia brigado com a namorada, tenha caído acidentalmente do viaduto, que tem altura de 7 metros, mas a polícia quer avançar nas investigações para dar a morte como esclarecida.

De acordo com as declarações da namorada, a também dentista Paloma Moreira, o casal retornava de uma festa de casamento pela Dutra quando começou a discutir. O dentista estava embriagado, e ela, que estava ao volante, decidiu parar o carro no acostamento para tentar acalmá-lo. Frade desceu do carro e passou a caminhar pelo acostamento, com a chave do veículo. Como ele não retornava, a namorada acionou a concessionária que administra a rodovia e explicou a situação.

Os socorristas também procuraram pelo dentista e, não o tendo encontrado, guincharam o carro até um posto de serviço. Paloma entrou em contato com a família de Frade e narrou o ocorrido. Os familiares registraram o desaparecimento na Polícia Civil e também se mobilizaram em buscas. A Polícia Militar usou cães farejadores para encontrar rastros do desaparecido. O corpo foi achado por um gari da concessionária, em uma área de mata, embaixo do viaduto. O local foi isolado para perícia, e o cadáver foi enviado para o Instituto Médico Legal (IML) de Taubaté.

A Polícia Civil aguarda o laudo do exame necroscópico para definir a causa da morte. O caso é apurado pela Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Taubaté. Conforme o delegado Marcelo Paes, os indícios são de que o dentista caiu acidentalmente do viaduto. “Ele saiu correndo pelo acostamento, e a namorada não conseguiu alcançá-lo. Como ele levou a chave do carro, ela pediu socorro à concessionária, que guinchou o veículo até o posto de serviço mais próximo”, disse.

Conforme o delegado, além de o corpo não apresentar ferimentos não compatíveis com a queda, ele foi encontrado com seus pertences pessoais, como carteira, documentos e o relógio inteligente (apple watch) que trazia no pulso. “Tudo indica que a morte resultou da queda (do viaduto). Ele pode ter tentado pular de uma ponte para a outra, e tem um vão grande. O corpo estava entre as duas pontes”, disse. Segundo ele, mesmo com os indícios de morte acidental, a investigação vai prosseguir.

Depois de analisar os laudos, que ainda não ficaram prontos, a averiguação deve refazer a provável trajetória do dentista até o local em que o corpo foi encontrado. Além da namorada, pessoas que estiveram no casamento e outras possíveis testemunhas serão ouvidas. A polícia pediu à Justiça a quebra do sigilo telefônico da vítima e de mensagens de celular e o histórico de acessos à internet.

O corpo de Frade foi sepultado na manhã desta quinta-feira (24), no cemitério das Paineiras, em Taubaté. Abalados, os familiares não quiseram falar com a reportagem. Em rede social, um irmão do dentista, Allan Frade, lamentou o desfecho do caso. “Infelizmente não foi como eu estava esperando. Descansa em paz, meu irmão, te amo para todo o sempre”, escreveu.

Fonte: Com informações da Agência Estado

Notícias Relacionadas

Fórum debate ações antirracistas em escolas da rede municipal

Procon Guarulhos multa loja na região central por publicidade enganosa

Opção pelo Simples Nacional terá início em janeiro