Brasil Segurança Polícia prende suspeito de vender e fazer entrega de atestado falso Redação13 de junho de 2022028 visualizações Homem fraudou assinatura e carimbo de ortopedista do Instituto Médico Legal (IML), que denunciou casoA Polícia Civil prendeu um homem na tarde de sexta-feira (10) um suspeito de ser responsável por um esquema de falsificação de atestados médicos no Distrito Federal. Ele assinava e carimbava os documentos se passando por um médico legista da própria PCDF, que denunciou a fraude. As falsificações começaram há pelo menos três anos. Nesse período, o homem vendeu atestados a clientes que apresentavam os documentos para justificar faltas ao trabalho. Nos atestados, o criminoso apontava o CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças) de uma doença que não correspondia ao que demonstravam os exames dos clientes.Diante do erro grosseiro, as empresas acionavam o Conselho Regional de Medicina (CRM) para que investigasse a conduta do médico. Contudo, quem era chamado a dar explicações era o ortopedista do Instituto Médico Legal (IML). O profissional respondeu a processos administrativos no órgão de classe por conta das falsificações.Com os casos recorrentes, ele registrou um boletim de ocorrência e denunciou a fraude. Os investigadores da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) identificaram clientes que compravam os atestados e quem estava por trás do esquema. Com o monitoramento, a polícia apurou que o suspeito era morador de Santa Maria e conseguiu um bloco de atestados médicos com um conhecido que trabalha em hospital do DF. Após pesquisa na internet, ele encontrou o nome e o número do CRM do médico que seria vítima das fraudes. De posse dos dados, o homem foi à Feira dos Importados e mandou fazer um carimbo, segundo a Polícia Civil.DeliveryOs clientes eram captados por indicação: quem já tinha comprado antes, passava o contato para novos interessados. Toda a negociação ocorria via WhatsApp. A cobrança pelos atestados era tabelada: ele cobrava R$ 50 caso os clientes buscassem o documento na casa dele. Se preferissem o serviço de delivery, o valor subia para R$ 100. O pagamento poderia ser feito via Pix ou cartão de crédito. Na tarde de sexta, enquanto os agentes acompanhavam o trajeto do homem, ele foi flagrado na entrega de um atestado em um condomínio no CA do Lago Norte, e foi preso. Dentro do carro dele estava o atestado com o nome e endereço do cliente. Durante as buscas na casa do suspeito, a polícia encontrou mais 80 documentos falsos. Ele vai responder por uso de documento falso, que tem pena de dois a seis anos por cada falsificação. No caso dos clientes, além da fraude, podem ser demitidos por justa causa. Fonte: Com informações da Agência Estado