Policial mata homem a tiros após briga por causa de pit bull

por Redação

Um homem morreu após discussão com policial civil à paisana por conta de um cachorro em um posto de combustível na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, na madrugada desta sexta-feira (7).

O crime ocorreu em um Posto Shell na avenida Doutor Ricardo Jafet. Em entrevista à Record TV, Guilherme de Melo explicou que havia ido à loja de conveniência, com a sua cadela da raça pit bull, comprar cigarro. Ele costuma frequentar o local, acompanhado do animal, que é manso.

O investigador do 7° DP (Lapa) abastecia o seu carro de luxo, um Volvo V40 2.0 T5 R-DES, avaliado em cerca de R$125 mil, quando entrou no interior da loja e brincou com o animal. Guilherme autorizou, uma vez que ela é mansa e acostumada a brincar com outras pessoas.

Após comprar o cigarro, Guilherme saiu para fumar. Neste momento, o jovem deu um comando à cadela. Em seguida, o investigador foi atrás e tentou mexer novamente com o pet.

Polícia criticou comportamento do tutor da cachorra
A Pitbull passou a demonstrar irritação e comportamento agressivo, devido ao comando que havia recebido do tutor. Por isso, Guilherme pediu que o policial não passasse por cima dele, pois ele adestrava a cadela para que ela fosse mansa e, por isso, precisava ser rígido com ela.

O investigador, então, não concordou com a atitude do tutor e passou a dizer que ele a maltratava. Guilherme não gostou da fala do policial e iniciou uma discussão.

Neste meio tempo, três irmãos pararam na conveniência do posto para comprar cervejas e presenciaram a discussão entre o policial e o tutor da cachorra.

Um deles, identificado como Cidinei, tentou apartar a briga, afirmando que o jovem estava correto referente aos cuidados com a cadela.

Cidinei afirmou que possuía dois cães da mesma raça e que o tratamento precisa ser mais rígido pois eles são muito persistentes.

Policial fez ameaças
Durante a discussão, o investigador se irritou e pegou Guilherme pelo pescoço. Em seguida, Cidinei e o irmão tentaram conter o policial, que afirmou estar armado e que atiraria.

Então, iniciou uma confusão generalizada. Certo momento, Cidinei pegou a arma do policial e tentou fugir, para que ele não atirasse em ninguém. Ele chegou a montar na motocicleta e, segundo a irmã, levaria a arma para uma delegacia.

Neste momento, o investigador pegou uma segunda arma em seu carro, se abaixou próximo à bomba de combustível e disparou oito vezes contra Cidinei.

O homem, que é do Maranhão e completou 26 anos no dia 20 de maio, foi atingido pelas costas e na cabeça. Ele foi socorrido e encaminhado ao Pronto Socorro do Hospital do Ipiranga, onde não resistiu aos ferimentos e morreu.

Cidinei Souza Junior é filho caçula, deixa dois filhos e esposa. Sua mãe, que mora no estado do Nordeste, foi comunicada do ocorrido e está vindo para São Paulo.

A Corregedoria da Polícia Civil e o Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa investigarão o caso.

Fonte: r7

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