Por ordem de Moraes, Mauro Cid deve se apresentar à vara de execuções penais nesta segunda

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro Mauro Cid se apresenta nesta segunda-feira (11) à vara de execuções penais de Brasília. Essa é uma das imposições feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ao conceder, no sábado (9), a liberdade provisória ao militar, que também teve a delação premiada homologada. Mauro Cid terá de se apresentar toda segunda-feira ao Juízo de Execuções, começando hoje hoje.

A Record TV registrou o momento em que o militar deixou o Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, onde estava preso desde 3 de maio.

O advogado de Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten, afirmou que a defesa do ex-presidente só vai comentar a delação premiada fechada entre Cid e a Justiça depois que tiver acesso aos termos do acordo.

Agora, Cid terá que cumprir sete medidas cautelares impostas por Moraes. Veja quais:

  • proibição de sair do Distrito Federal e obrigação de ficar em casa à noite e nos fins de semana, sempre com tornozeleira eletrônica;
  • obrigação de se apresentar à Justiça em 48 horas depois de sair da prisão e semanalmente, às segundas-feiras;
  • proibição de sair do país, com obrigação de entregar os passaportes à Justiça em cinco dias;
  • cancelamento de todos os passaportes emitidos pelo Brasil em nome de Mauro Cid;
  • suspensão do porte de arma de fogo e de qualquer registro de colecionador, atirador desportivo ou caçador (CAC);
  • proibição de usar qualquer rede social; e
  • proibição de se comunicar com os demais investigados no inquérito que o envolve e em investigações relacionadas, por qualquer meio, inclusive por intermédio de advogados. Ficam fora dessa proibição apenas a esposa dele, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, a filha dele, Beatriz Ribeiro Cid, e o pai dele, Mauro Cesar Lourena Cid.

Investigações
Nesta semana, Cid foi ao STF pedir a Moraes a formalização da delação. Ele prestou um novo depoimento à Polícia Federal na semana passada no inquérito sobre a conduta do hacker Walter Delgatti Neto na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos falsos, entre eles alvarás de soltura, no Banco Nacional de Mandados de Prisão.

O tenente-coronel do Exército é investigado por participação em um esquema de fraude em cartões de vacinação e em tentativa de golpe de Estado. Também é investigado no caso das joias estrangeiras dadas a Jair e Michelle Bolsonaro e nos atos extremistas de 8 de janeiro. À Polícia Federal, ele já prestou pelo menos seis depoimentos.

Fonte: r7

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