Guarulhos Preço de medicamentos pode variar até 43% entre sites de farmácias Redação8 de junho de 2022037 visualizações Pesquisa realizada pelo Procon-SP em maio comparou valores de 27 produtos anunciados na internet por seis drogarias.Em uma pesquisa comparativa sobre os preços de medicamentos disponíveis nos sites de seis drogarias, o Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP constatou que um mesmo produto pode custar 43,49% a mais em uma farmácia que em outra. Foi o caso do Citalor (atorvastatina cálcica), da Pfizer, de 10 mg, na embalagem de 30 comprimidos, indicado para o tratamento do colesterol: enquanto o preço em um site era R$ 90,59, em outro o mesmo item foi encontrado por R$ 129,99. O levantamento foi feito nos dias 11, 12 e 13 de maio e incluiu a pesquisa e a comparação dos preços de medicamentos de referência nos sites da Drogaria São Paulo, Drogasil, Extrafarma, Droga Raia, Pague Menos e Ultrafarma. Foram coletados os valores que estavam anunciados no dia e horário de acesso à página, sem considerar descontos que poderiam ser aplicados em certas condições ou frete. Somente foram divulgados os preços dos medicamentos encontrados em, pelo menos, três sites.O total de itens pesquisados foi 27, e em apenas três estabelecimentos foram encontrados 100% dos produtos. Uma drogaria tinha 89% dos medicamentos (24 itens), e outras duas tinham 23 dos medicamentos procurados, ou seja, 85%.A maior variação foi a do Citalor (Pfizer), cujo preço médio calculado foi de R$ 101,67, e diferença absoluta entre o valor mais alto e o mais baixo de R$ 39,40. A segunda maior diferença de preço encontrada pelo Procon-SP foi no Tylenol (paracetamol) 200mg/ml, do laboratório Janssen/Cilag, em gotas, com 15 ml. No site mais barato, ele estava sendo vendido por R$ 22,75, enquanto no mais caro o valor era R$ 32,40: 42,42% a mais.Em terceiro lugar, ficou o Nisulid (nimesulida), do Aché, de 100 mg, embalagem com 12 comprimidos. A diferença de preço foi de 39,91%, pois ele custava, na época da coleta dos dados, R$ 62,65 no site da drogaria mais cara e R$ 44,78 no que apresentou melhor preço. A partir do total de itens comparados, o Procon-SP informa que os locais que apresentaram a maior quantidade de medicamentos com menor preço foram a Drogaria São Paulo e a Pague Menos. As variações de preço, segundo o órgão, podem ocorrer em razão dos descontos concedidos pelos estabelecimentos, que variam de acordo com critérios livremente estabelecidos pelos fornecedores. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não permite que as farmácias e drogarias cobrem preços acima do que é estipulado na PMC (lista de preços máximos) da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). Essa lista está disponível no site da Anvisa para consulta dos consumidores, e é atualizada mensalmente. Na comparação com pesquisas anteriores, realizadas em 2021 e 2022, dos 26 medicamentos comuns aos levantamentos, constatou-se uma variação positiva de 13,30% no preço médio. No mesmo período, o IPCA, índice de inflação medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apresentou variação de 12,48%. Os medicamentos controlados, como aqueles que apresentam uma tarja preta na embalagem, antibióticos e alguns outros definidos pela Anvisa, não podem ser vendidos sem apresentação e retenção da receita médica original. Assim, os sites podem oferecer o remédio, informar o seu preço, mas não podem fornecê-los sem a prévia apresentação e devida retenção da receita. Fonte Com informações da Agência Estado