Mundo Primeiro preso do mundo a ser executado por gás nitrogênio sofre morte terrível, agonizando por 22 minutos, diz testemunha Redação26 de janeiro de 2024045 visualizações estado do Alabama, nos EUA, presenciou uma execução histórica e controversa com a morte de Kenneth Eugene Smith, de 58 anos, um assassino de aluguel condenado que estava no corredor da morte. A execução, realizada por asfixia através de gás nitrogênio, que prometia ser indolor, acabou se tornando um espetáculo de agonia, horror e sofrimento, desafiando todas as supostas alegações que seria um método mais eficaz fazendo perder a consciência em segundos. Na prisão, o Smith foi submetido a um procedimento nunca antes utilizado. A máscara de gás, preenchida com nitrogênio puro, deveria conduzi-lo a uma morte rápida e tranquila. No entanto, a realidade foi bem diferente. Smith passou 22 minutos convulsionando, lutando contra suas fivelas que o prendiam à maca — um contraste gritante com a previsão das autoridades estaduais, embora tivessem sido alertadas por especialistas médicos. Ele foi preso após um assassinato encomendado, que ocorreu em 1988, recebendo US$ 1.000 dólares para cometer o crime, sendo condenado à morte em 1996. Nas suas últimas palavras, ditas através da máscara de gás, Smith fez um gesto simbólico de coração com sua mão esquerda para sua família. Ele declarou: “Hoje à noite, o Alabama faz a humanidade retroceder… Estou partindo com amor, paz e luz”. Jeff Hood, que acompanhou Smith como guia espiritual durante o processo, descreveu a execução como a pior coisa que ele já testemunhou. Segundo Hood, quando o nitrogênio foi ligado, Smith começou a convulsionar intensamente, uma situação que ele comparou a um “show de horror” traumatizante. Hood, que estava entre os poucos que testemunharam a execução, relembrou como Smith foi equipado com uma máscara que se assemelhava a uma de bombeiro. Ele se emocionou ao contar sobre suas últimas palavras ao condenado, assegurando-lhe amor e companhia até o fim. O testemunho de Hood contradiz a posição do Departamento de Estado do Alabama, que havia elogiado o método como eficaz e humano. No entanto, até a ONU já havia rotulado o método como “tortura”. Ao lado da esposa de Smith, Deanna, em uma coletiva de imprensa, Hood destacou que a execução durou muito mais do que o previsto. Ele enfatizou a luta de Smith pela vida nos últimos minutos, um período extenso e torturante. Hood comentou que o prisioneiro não era uma pessoa perfeita, mas ressaltou a importância de garantir que tais eventos nunca se repitam. A governadora do Alabama, Kay Ivey, em uma declaração, refletiu sobre o crime em 1988 que levou à condenação de Smith, expressando esperança de que a família da vítima encontre paz após anos de luto, mas não comentou sobre a morte agonizante, já que oficialmente a polícia não admite qualquer “erro”. Os advogados alegaram na Suprema Corte dos EUA que, por ter sobrevivido a uma tentativa de injeção letal, em 2022 (onde os profissionais não conseguiam encontrar veia de acesso por 4 horas seguidas) não poderia ocorrer novamente tentativa de execução, violando a Constituição dos EUA, mas por votação de 6 contra 3, a execução pelo método inédito foi aprovada. A juíza Sonia Sotomayor, da Suprema Corte, expressou uma opinião divergente, destacando que o Alabama usou Smith como uma “cobaia” para um método jamais testado em humanos. Fonte: jornalciencia