São Paulo Segurança Prisões, suspeito morto, carros de luxo e R$ 850 mil apreendidos: o balanço da megaoperação contra roubos a carros-fortes em SP Redação16 de dezembro de 2024033 visualizações A força-tarefa que deflagrou uma megaoperação para prender uma quadrilha especializada em roubos a carros-fortes no estado de São Paulo divulgou um balanço inicial das ações realizadas na manhã desta segunda-feira (16). Agentes das polícias Federal, Civil e Militar, e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público (MP), participam do cumprimento de 15 mandados de prisão temporária e 48 mandados de busca e apreensão em 17 cidades do estado. Segundo a força-tarefa, os alvos desta segunda são aqueles que possuem relação direta ou indireta com a organização criminosa que assaltou uma empresa de valores em 9 de setembro deste ano na região de Franca (SP) – veja abaixo detalhes. Entre as ações realizadas estão as apreensões de veículos de luxo e R$ 850 mil em espécie, além de um suspeito que morreu em confronto com a polícia em Guarulhos (SP). Também foram decretados bloqueios e sequestros de outros bens, como ativos financeiros, imóveis e objetos de valor. Veja abaixo o balanço: 11 prisões temporárias1 suspeito morto em confronto com a polícia48 mandados de busca domiciliar em 17 municípios do estado8 veículos de alto valor apreendidos (Audi, Q3, Jeep Compass, Toyota Hilux, Fiat Toro)4 armas de fogo3 prisões em flagranteMais de R$ 850 mil em espécie apreendidos, sendo R$ 350 mil com um alvo de Ribeirão Preto (SP) e R$ 500 mil, com um alvo de Mogi Guaçu (SP).1 apartamento bloqueado judicialmenteA Polícia Civil ressaltou que os valores em espécie ainda não foram contabilizados integralmente, assim como veículos, armamento, munições e celulares. Ou seja, os números podem aumentar. Operação Carcará IIAs ações desta segunda ocorrem no âmbito da segunda fase da operação “Carcará”. Essa operação foi motivada pelo ataque a um carro-forte na Rodovia Cândido Portinari (SP-334), na região de Franca (SP), em setembro deste ano, e por uma troca de tiros, dois dias depois, que deixou o policial militar Márcio Ribeiro e três criminosos mortos na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), próximo a Altinópolis (SP). Os mandados são cumpridos em: Ribeirão PretoFrancaSerra AzulSão PauloSanto AndréSão Caetano do SulTaboão da SerraGuarulhosSão José dos CamposJacareíMogi MirimMogi GuaçuAtibaiaMongaguáCosmópolisSanta Bárbara d’OesteAmericana Quem já estava preso?Até então, só dois suspeitos estavam presos. Um deles é Roberto Marques Trovão Lafaeff, que foi preso em 10 de setembro, um dia após a tentativa de assalto ao veículo da empresa de valores Protege e ele buscar atendimento médico em uma unidade de pronto atendimento (UPA) de Valinhos (SP). Além dele, um outro suspeito foi preso em 24 de outubro, durante a primeira fase da operação “Carcará”, deflagrada em Paraisópolis, na capital, e na Praia Grande (SP). Dias antes, ainda dentro da mesma ação, um suspeito trocou tiros com a polícia e foi morto. O nome da operação, “Carcará”, é uma homenagem ao sargento da PM Márcio Ribeiro. Era dessa forma que colegas o chamavam. Ataque a carro-forte e perseguiçãoA tentativa de assalto a um carro-forte da Protege, especializada em logística de valores, ocorreu na noite de 9 de setembro, e chamou a atenção da polícia por conta do armamento utilizado pelos criminosos. A ação teve a participação de pelo menos 16 criminosos, que abordaram o carro-forte em posse de uma carga intensa de explosivos e fuzis capazes de “rasgar vidros blindados”, de acordo com o delegado Gabriel Fernando. A empresa não divulgou a quantia que o veículo transportava, mas informou que os suspeitos não conseguiram levar nada, uma vez que o dinheiro pegou fogo quando eles tentaram abrir o cofre. Os suspeitos foram perseguidos em pelo menos três rodovias que cortam a região. Houve troca de tiros e cinco pessoas ficaram feridas: três funcionários da Protege, um policial do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e um funcionário de uma usina a bordo de uma caminhonete que passava por uma estrada no mesmo momento que os criminosos. Em 11 de setembro, uma troca de tiros durante uma perseguição deixou o policial militar Márcio Ribeiro e três criminosos mortos na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), próximo ao trevo que liga Cajuru (SP) a Altinópolis (SP). A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que havia indícios que ligavam os suspeitos ao ataque ao carro-forte. Com os criminosos, foram apreendidos quatro fuzis, coletes balísticos e munição. Um dos fugitivos mortos usava roupa camuflada, colete à prova de balas e capacete. No fim de setembro, morreu o caminhoneiro Lenilson da Silva Pereira, baleado na cabeça durante o confronto. Ele ficou internado na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE) por 20 dias. Fonte: G1