A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná emitiu um parecer favorável à cassação do senador Sergio Moro (União-PR) e dos dois suplentes. Eles são acusados de abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022, além de uso indevido dos meios de comunicação, antecipação de gastos de campanha e “caixa dois”. O senador afirmou que discorda do parecer e a “a improcedência acontecerá” (veja declaração na íntegra abaixo).
O pedido à Justiça Eleitoral foi feito pelo Partido Liberal (PL), que afirma que o uso dos recursos caracteriza pagamento de despesas de campanha em período pré-eleitoral, o que não é permitido pela lei das eleições. O principal questionamento envolve a contratação do escritório de advocacia do suplente dele para prestar assessoria jurídica, mesmo sem experiência em direito eleitoral.
No último dia 7, o senador prestou depoimento ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
Essas ações são um verdadeiro castelo de cartas. Nada disso foi comprovado, até porque nada disso existe
SERGIO MORO, SENADOR (UNIÃO-PR), APÓS DEPOIMENTO AO TRE-PR
“Todos os gastos que foram feitos tanto na campanha como no período anterior à campanha são todos gastos declarados e feitos segundo a lei pelos partidos políticos”, acrescentou Moro, após depoimento ao TRE-PR.
O que diz o outro lado
O R7 procurou a assessoria de Moro, que se pronunciou por meio de nota. Veja o texto na íntegra:
“Respeito, mas discordo do parecer, na medida em que considerou gastos fora do Paraná e aqueles indiferentes eleitorais (segurança, para não ser assassinado pelo PCC) como despesas pré-eleitorais. A boa notícia é que dos 20 milhões inventados pelo PT; e os 6 milhões criados pelo Podemos, já reduzimos para 2 milhões. Seguiremos baixando ainda mais a conta no trabalho de convencimento dos juízes do TRE. A improcedência acontecerá.”
Fonte: r7