Rebeca Andrade admite pensar no recorde de medalhas do Brasil: “Preciso fazer a minha parte”

Rebeca Andrade pode ser tornar a maior medalhista olímpica brasileira de todos os tempos nas Olimpíadas de Paris 2024. Com quatro medalhas conquistadas em Tóquio 2020 e em Paris 2024, a ginasta está a um pódio de empatar com os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, cada um com cinco, o que já pode acontecer no sábado, quando defende seu título na final do salto.

E pode ainda ultrapassá-los, chegando a seis ou mesmo sete medalhas na segunda-feira, dia 5, quando disputa as decisões da trave e do solo. A ginasta confessou que o recorde está na mira, mas mostrou que está com os dois pés no chão.

  • Eu penso, não vou mentir, que eu quero estar no pódio, né? – disse a ginasta logo depois do a cerimônia de premiação das medalhas – Com certeza vai ser muito importante para a carreira se acontecer, mas o resultado é consequência. Para eu ser a maior brasileira da história olímpica, eu preciso fazer a minha parte. Meu foco está nas minhas apresentações, no meu trabalho. E depois a gente pensa no pódio. Mas se acontecer vou ficar bem feliz.

Em Paris, Rebeca já se isolou como a maior medalhista olímpica entre as mulheres do Brasil. Ela repetiu a prata de Tóquio no individual geral e liderou a seleção feminina na conquista do bronze por equipes. Somando ao ouro no salto, conquistado nos Jogos de 2020, chegou a quatro medalhas.

No sábado, a ginasta faz a final do salto, aparelho no qual é a atual campeã olímpica e mundial. Deve saltar novamente com um Cheng, de valor de dificuldade 5.600, e um Amanar, de 5.400. A ginasta chegou a inscrever o inédito TTY, um Yurchenko com tripla pirueta de grau 6.000, mas dificilmente fará o salto. Simone Biles deve saltar com um Cheng e com o Biles II, um salto de dificuldade 6.400. Se realizá-lo sem quedas, é favorita para o ouro.

Mas Rebeca pode subir ao lugar mais alto do pódio por entregar uma execução perfeita. E mesmo que não suba, é favorita à prata, que já lhe garantiria uma quinta medalha olímpica, empatando com Scheidt e Grael.

Na segunda-feira, a ginasta fará as finais de solo e trave, aparelhos nos quais também é aposta para medalhas. Tem, portanto, três chances reais de pódio, podendo chegar a sete medalhas olímpicas.

Veja a seguir quais são as medalhas de Rebeca até o momento e confira as de Scheidt e Torben:

Rebeca Andrade (ginástica artística) – 4 medalhas até o momento

Ouro no salto em Tóquio 2020 🥇
Prata no individual geral em Tóquio 2020🥈
Prata no individual geral em Paris 2024 🥈
Bronze por equipes em Paris 2024 🥉
Robert Scheidt (vela) – 5 medalhas

Ouro na classe Laser em Atlanta 1996 🥇
Ouro na classe Laser em Atenas 2004 🥇
Prata na classe Laser em Sydney 2000 🥈
Prata na classe Star em Pequim 2008 🥈
Bronze na classe Star em Londres 2012 🥉
Torben Grael – 5 medalhas

Ouro na classe Star em Atlanta 1996 🥇
Ouro na classe Star em Atenas 2004 🥇
Prata na classe Soling em Los Angeles 1984 🥈
Bronze na classe Star em Seul 1988 🥉
Bronze na classe Star em Sydney 2000 🥉
Quando são as outras finais de Rebeca? 🗓️
Final do salto: sábado (3), às 11h20;
Final da trave: segunda-feira (5), às 7h30 – Julia Soares também participa;
Final do solo: segunda-feira (5), às 9h20.

Fonte: GE

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