Relógio vendido nos EUA foi recomprado por ex-advogado de Bolsonaro para ser entregue ao TCU

O advogado Frederick Wassef, que atuava na defesa de Jair Bolsonaro (PL) quando ele estava na Presidência da República, foi aos Estados Unidos recomprar um relógio Rolex vendido no país para entregar o artigo de luxo ao Tribunal de Contas da União (TCU). A movimentação se deu após o tribunal entender que o presente recebido não pertence à autoridade que exercia o cargo, mas à União.

As investigações indicam que, para recuperar o relógio, foi necessário desembolsar um valor superior ao da venda.

Wassef é um dos alvos da operação da Polícia Federal, desta sexta-feira (11), que procura combater crimes de peculato e lavagem de dinheiro ligada ao caso das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro de governos estrangeiros.

Além do advogado, estão na mira da corporação o general Mauro César Lourena Cid — pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cid — e o tenente do Exército Osmar Crivelatti.

O relógio foi um presente dado por autoridades sauditas a Bolsonaro durante viagem oficial em 2019. Quem conseguiu fechar o negócio foi o general Mauro César Cid. O Rolex e outro relógio de luxo da marca Patek Philippe foram vendidos por US$ 68 mil.

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Segundo as investigações, o general Cid era o responsável por negociar joias e outros bens recebidos por Bolsonaro. Ele ocupava o cargo ligado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) durante a gestão Bolsonaro. Ele foi colega de Jair Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, na década de 1970.

Fonte: r7

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