Representantes de Legislativo e Executivo discutem medidas emergenciais para áreas de risco

Engenheiros da Defesa Civil interditaram 35 casas que apresentavam rachaduras

Em função das fortes chuvas, o poder público está articulando medidas para prevenir acidentes fatais em áreas de risco. Na manhã desta segunda-feira, 27 de fevereiro, a Comissão de Direitos Humanos e Habitação da Câmara de Guarulhos realizou uma reunião ampliada, com a presença do coordenador da Defesa Civil, Waldir Pires; do secretário municipal de Justiça, Airton Trevisan; da secretária adjunta de Habitação, Marisa Martins; das vereadoras Janete Rocha Pietá (PT) e Sandra Gileno; e dos vereadores Luis da Sede (PSD) e Edmilson (PSOL).

Durante a reunião, os presentes discutiram a retirada de 35 famílias da Comunidade Sata e falaram sobre o receio das famílias remanescentes de serem removidas. Um grupo de representantes da comunidade procurou os vereadores nas semanas anteriores, para reclamar do baixo valor do aluguel social oferecido; do tratamento recebido durante a remoção das famílias; e da demolição de casas consolidadas na região.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Waldir Pires, foram atendidas 32 ocorrências no local, nos últimos quatro anos. “As casas tinham rachaduras e trincas, os engenheiros da Defesa Civil constataram o risco e interditaram as casas para preservar a vida dessas famílias”, explicou.

A secretária adjunta de Habitação, Marisa Martins, informou que todas as famílias removidas da comunidade foram cadastradas para o recebimento de aluguel social, exceto aquelas que se recusaram a entregar seus documentos. “Das 35 famílias removidas de suas casas, 29 receberam o benefício em dezembro.” Essas famílias solicitaram uma prorrogação de permanência e foram retiradas, definitivamente, dia 31 de janeiro, quando já havia ocorrido o pagamento de três parcelas do auxílio.

Segundo o secretário municipal de Justiça, Airton Trevisan, é preciso fazer uma reunião com o Ministério Público para refazer o estudo das áreas de risco e contemplar famílias que, realmente, estão em locais preocupantes. Ele explicou que há mais de 100 Ações Civis Públicas para retirada de famílias de encostas e áreas de várzea, mas o município não tem como atender a todas as demandas; precisa eleger prioridades. “O estudo do Ministério Público é de 2014 e está desatualizado; algumas áreas já receberam muros de contenção e não têm qualquer histórico de alagamento; será necessário realizar uma força tarefa para rever essas ações.”

O vereador Edmilson questionou o andamento da proposta sobre a criação de um fundo municipal para atendimento das famílias de áreas de risco e falou que a medida ajudaria a mitigar os problemas das famílias removidas de suas casas em função de enchentes e deslizamentos. A vereadora Janete Rocha Pietá declarou que o encontro com os representantes do poder público foi positivo; o próximo passo será agendar uma nova reunião com as famílias das áreas de risco, para prestar esclarecimentos sobre as demandas por eles apresentadas.

Notícias Relacionadas

Fórum debate ações antirracistas em escolas da rede municipal

Procon Guarulhos multa loja na região central por publicidade enganosa

Opção pelo Simples Nacional terá início em janeiro