Não vai ser fácil como todos estavam pensando.
Santos Futebol Clube e WTorre vem tendo reuniões “tensas” e “exigentes” sobre a Nova Vila Belmiro.
Na última semana uma comitiva protocolou, na prefeitura da cidade, o projeto com ajustes exigidos pela atual gestão do Peixe.
O problema é que o processo burocrático leva até seis meses para ter toda a documentação aprovada.
Nos bastidores, Marcelo Teixeira diz a seus companheiros de gestão que está menos pessimista sobre o andamento do projeto, mas, também não quer criar falsas expectativas no torcedor do Peixe.
O trâmite burucrático passa por oito pastas da prefeitura de Santos.
Qualquer problema na documentação faz todo o processo retroceder e ter um reinício.
Lembrando que WTorre e Santos conversam sobre o “Novo Estádio” desde 2018.
O Memorando de Intenções aprovado e assinado na gestão anterior foi considerado “lesivo ao clube e sem critérios” .
A WTorre teve que ceder em pontos considerados fundamentais.
Um deles é o posicionamento das atuais cadeiras cativas, que possuem proprietários e ficam localizadas no setor coberto e no centro da atual Vila Belmiro.
Teixeira bateu o pé e quer manter a propriedade no mesmo espaço.
Assim, a WTorre, que vai captar recursos com novas cadeiras cativas e camarotes, não poderá utilizar o espaço existente para isso.
A questão do Naming Rigths foi outro ponto desfeito pela atual diretoria do Santos.
Antes, a WTorre, independente de quem vendesse o espaço, ficaria com 98% da receita da propriedade e o clube com apenas 2%.
No novo “Plano de Negócios”, se o Santos conseguir o patrocinador, fica com cerca de 70% deste receita. Se a construtora trouxer o investidor, 50% da receita para cada lado.
Mesmo cedendo às exigências de Teixeira, a WTorre tem mais um “ultimato” para conseguir ser a responsável pela construção do sonho do santista.
A empresa precisa iniciar a captação de recursos até 14 de abril, data do aniversário do clube e tem até outubro deste ano para iniciar as obras.
Esta coluna apurou que a direção do Santos está com receio do negócio desde que WTorre e Palmeiras iniciaram uma batalha judicial pelo repasse de verbas do Allianz Parque.
Esta coluna ouviu também que o Santos vai esgotar todas as possibilidades com a WTorre, mas, corre, paralelamente, para não deixar de ter o novo estádio.
Teixeira abriu conversas com outras empresas do ramo.
Uma delas, cujo nome é mantido em sigilo, tem um terreno na cidade de Praia Grande, localizada na Baixada Santista, onde a capacidade do estádio subiria para 50 mil torcedores.
No projeto da WTorre, a capacidade é para 30 mil pessoas em dias de jogos e 40 mil em dias de shows. E a arena será no mesmo espaço onde hoje existe o Estádio Urbano Caldeira.
Mesmo com impasses e com multa recisória de R$ 10 milhões, caso não construa o estádio com a WTorre, a atual diretoria do Santos garante que a tão sonhada arena sairá do papel.
A empresa que administra o Pacaembú e os dirigentes do Santos já tem um “acordo verbal” para que o local seja a casa do Peixe durante a construção do novo espaço.
Fonte: r7