O São Paulo até demorou a se soltar, mas quase não teve problemas para vencer o Nacional, do Uruguai, por 2 a 0. A noite da última quinta-feira no Morumbis foi uma típica noite de Conmebol Libertadores: recepção de gala para os jogadores, festa nas arquibancadas e muita luta dentro de campo.
Para vencer o Nacional e garantir a vaga nas quartas de final, o São Paulo usou muito bem a força de seu quarteto ofensivo: Lucas, Luciano, Wellington Rato e Calleri. Sem Ferreira, lesionado, o técnico Luis Zubeldía decidiu confundir os uruguaios. Tirou qualquer rastro do famoso “jogo posicional”.
Até o centroavante Calleri, mesmo mais centralizado, saiu bastante da área – vide o primeiro gol, marcado por Bobadilla, que teve participação decisiva do camisa 9 com uma assistência um pouco mais longe da meta do Nacional.
O São Paulo demorou um pouco para se encaixar à ausência de Ferreira, mas o Nacional não aproveitou o pior momento tricolor do jogo para criar oportunidades. Na verdade, se postou defensivamente e aguardou o time da casa avançar.
Apesar da falta de espaços, a movimentação do São Paulo no campo ofensivo começou a dar resultado quando Wellington Rato e Lucas deixaram as pontas e passaram a jogar mais centralizados, para que os laterais tivessem espaço para avançar. A marcação uruguaia ficou confusa.
Foi assim que o São Paulo abriu o placar, numa movimentação de seu sistema ofensivo. Calleri saiu da área, abriu espaço, e a defesa do Nacional perdeu a referência na marcação. Bobadilla infiltrou, livre, e marcou o primeiro gol da noite.
Depois, o Tricolor se soltou mais. Começou a criar mais chances, se movimentar com mais precisão e ser mais duro na marcação. O Nacional, que já não vinha bem, se viu ainda mais acuado.
Apesar da queda de ritmo com o 2 a 0 no placar no início do segundo tempo, o São Paulo não perdeu domínio. Viu, porém, o Nacional crescer. Em duas oportunidades criadas em vacilos tricolores, os uruguaios chegaram com perigo: uma bola na trave e outra por cima, de dentro da área.
Passou a valer, portanto, o espírito brigador do time comandado por Luis Zubeldía para evitar que o Nacional diminuísse sua vantagem Defensivamente, Luiz Gustavo foi perfeito: desarmou, recompôs e fez o que pôde à frente da zaga.
De uma maneira geral, em campo, o São Paulo desfrutava de uma noite de Libertadores, que começara horas antes, ainda à tarde.
A classificação para as quartas de final teve uma recepção daquelas da torcida tricolor. Fumaça vermelha, fogos, ruas lotadas e muita empolgação para a partida. Dentro de campo, o São Paulo desfrutou: comemorou bolas recuperadas, não desistiu de jogadas e mostrou, mais uma vez, uma grande conexão com seu torcedor.
E o sonho do tetra continua vivo.
Fonte: GE