Política Sem Lula, mas cheio de ministros e até autoridades ligadas a Bolsonaro, festa de Zanin tem ingressos de R$ 900 Redação4 de agosto de 2023045 visualizações Já o badalado evento para celebrar o novo ministro da Corte ocorreu em uma casa de festas no setor de clubes, próximo ao Lago Paranoá. Os ingressos partiam de R$ 500 reais, mas poderiam chegar a R$ 900 reais. Isso, porque a organização foi feita por conta da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Os nomes foram escolhidos por Zanin. No cardápio, salada especial, frango Wellington, medalhão de filé mignon e risoto de camarão – embora Zanin seja alérgico e tenha vetado frutos-do-mar. Foram servidos ainda vinhos, whiskey e espumantes e, de sobremesa, brigadeirão, cheesecake e taça da banofe. A reportagem da CBN teve acesso ao local da festa e trouxe as informações dos bastidores do evento. Inicialmente, os jornalistas ficaram do lado de fora. Como o local era aberto, foi possível observar pelos vidros toda a movimentação dos convidados. Depois, os jornalistas tiveram acesso ao salão do evento, com a condição de não filmar, mas com a possibilidade de conversar com os ministros. Dentre os ministro do STF, compareceram Gilmar Mendes, Dias Toffoli, André Mendonça, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e o ex-ministro Ricardo Lewandowski. Da Esplanada de Lula estiveram presentes Anielle Franco, Jorge Messias, Luiz Marinho e Ester Dweck. Chamou a atenção a presença de aliados de Bolsonaro. José Vicente Santini, que foi secretário executivo da Casa Civil do ex-presidente, esteve no evento. Atualmente, ele trabalha para Tarcísio de Freitas, no escritório de representação de São Paulo em Brasília. Nos bastidores, é uma tentativa de nomes da direita de buscar uma reaproximação com o STF. A advogada de Bolsonaro, Karina Kufa, também participou da posse, no STF, o que gerou críticas nas redes bolsonaristas, mas reforça a tentativa de refazer os laços com a Corte. Os ministros do Supremo, de forma geral, avaliam positivamente a entrada de Zanin no STF. Fontes da Corte comentaram ainda que sabem que, no início, os novos ministros do Supremo têm uma tendência a votar em processos a favor de quem os indicou. No início, portanto, esperam alinhamento de Zanin com as teses do governo Lula. Com o tempo, entretanto, ocorre esse distanciamento. A avaliação inclusive é de que André Mendonça, por exemplo, indicado por Bolsonaro, já começa a adotar uma postura mais independente na Corte. Fonte: CBN