Desde o começo da nova legislatura, em 1º de fevereiro de 2023, sete senadores trocaram de partido. As mudanças foram para o PSD, o PSB e o Podemos. O fluxo do troca-troca de partido é facilitado pela a ausência de penalidades. Pela legislação eleitoral, senadores podem mudar de legenda a qualquer momento, sem punições, assim como prefeitos, governadores e o presidente da República.
Fora dessa regra de penalidades por filiação partidária estão vereadores e deputados (estaduais, distritais e federais), que podem perder os mandatos a depender do motivo da troca de sigla.
As regras de fidelidade partidária não valem para senadores porque eles são escolhidos em eleições majoritárias, vencidas por quem tem mais votos diretos. No caso de deputados e vereadores, o partido pode levar à eleição mesmo quem recebe menos votos.
Veja quem trocou de legenda no Senado desde o início da legislatura:
Como foram as trocas
A senadora Mara Gabrilli (SP) foi a primeira a pular para o PSD nesta legislatura. A senadora deixou o PSDB, em que esteve por 19 anos. Eliziane Gama (MA) foi logo em seguida — deixou o Cidadania também pelo partido presidido pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. A senadora oficializou a mudança no começo da legislatura, às vésperas da eleição da presidência do Senado, vencida pelo colega de partido, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A mudança das duas fez o PSD ultrapassar o PL em número de parlamentares e ocupar o lugar de maior bancada do Senado, atualmente com 15 cadeiras.
Eduardo Girão (CE) ficou cerca de quatro anos no Podemos. O senador integrava a sigla desde 2019 e deixou o partido nesta legislatura. Girão foi para o Novo, o que rendeu a primeira cadeira do partido no Senado desde 2011, quando foi fundado.
PSB teve mais adesões
O partido do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e que integra a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ganhou três cadeiras. Em janeiro, dois senadores do Podemos passaram para o PSB: Flávio Arns (PR) e Jorge Kajuru (GO). A sigla também recebeu de volta o senador Chico Rodrigues (RR), que estava no União Brasil.
O Podemos teve duas adesões. O senador Carlos Viana (MG) confirmou a mudança do PL para o partido no começo de fevereiro. A senadora Soraya Thronicke (MS) filiou-se ao Podemos em 26 de junho. A parlamentar foi para o partido após uma crise com o diretório nacional do União Brasil, que começou ainda durante a campanha eleitoral de 2022. Soraya foi a candidata do União para a Presidência da República. A senadora obteve 0,51% dos votos válidos — um total de pouco mais de 600 mil votos.
Fonte: r7