São Paulo Soldado que denunciou agressão em quartel em SP está abalado e tomando calmantes, diz advogado: ‘Trauma muito grande’ Redação22 de janeiro de 2025044 visualizações Uma rotina à base de calmantes. Assim tem sido a vida do soldado do Exército Brasileiro, de 19 anos, que denunciou ter sido agredido por seis colegas da corporação na última quinta-feira (16), no 13º Regimento de Cavalaria Mecanizada, em Pirassununga (SP). O advogado de defesa do jovem, Pablo Canhadas, disse ao g1 que o rapaz ainda está muito abalado com a violência e precisou ser afastado das atividades militares desde o ocorrido. Segundo Canhadas, as agressões duraram cerca de 30 minutos, com pedaços de ripa de madeira, remo de panela industrial e um cabo de vassoura, que teria sido quebrado na região do ânus. O jovem relatou que dois colegas o seguraram, enquanto o restante o agredia. O caso foi registrado como lesão corporal no 1º Distrito Policial de Pirassununga. Mas, conforme apurou a reportagem, não haverá investigação da Polícia Civil, apenas do Exército. Em nota, o Comando Militar do Sudeste informou que foi instaurado Inquérito Policial Militar para apurar a denúncia e acrescentou que “o Exército Brasileiro não compactua com qualquer conduta ilícita envolvendo seus integrantes”. Receio de denunciarDe acordo com Canhadas, o jovem completou um ano na corporação e via o serviço militar com orgulho. “Estava virando a vida toda para o militarismo”, declarou. O advogado admitiu que, inicialmente, o soldado estava receoso em fazer a denúncia, mas teria sido aconselhado por um familiar. Canhadas informou que o jovem vai passar por uma avaliação médica no 13º Regimento, na quinta-feira (23). “Vou estar com ele para saber se vão revalidar o atestado do Pronto-Socorro e se vão iniciar acompanhamento médico com ele. Todo ato externo precisa ser revalidado internamente”, explicou. Relembre o casoDe acordo com o boletim de ocorrência, o militar estava organizando um espaço com soldados, quando estes disseram que ele teria que limpar uma câmara fria. Foi então que um cabo e outros soldados também teriam ido a esse segundo local. Em seguida, conforme o relato do militar, a farda dele teria sido arrancada e uma vassoura quebrada na região do ânus. Ainda segundo o boletim de ocorrência, um cabo supostamente envolvido nas agressões teria enviado uma mensagem ao militar dizendo que ele “estava mentindo e que iria prejudicar a todos”. A vítima apresentou imagens das lesões sofridas e disse que passou por exame de corpo de delito, no Pronto-Socorro Municipal. O Exército informou que apura o caso. “Os envolvidos serão punidos e expulsos das fileiras do Exército. O Exército Brasileiro não compactua com qualquer conduta ilícita envolvendo seus integrantes”, disse em nota. Fonte: G1