Brasil ‘Super-herói é o Davi, que saiu do ônibus sozinho sem o braço’, diz motoboy que salvou menino após ônibus tombar Redação9 de setembro de 2024021 visualizações É assim que o mototaxista Diego Mendes, que passava por São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no momento que o ônibus da linha 476 tombou, na noite de sexta-feira (6), deixando várias pessoas feridas, lembra como o pequeno Davi Geovane Guimarães, de 8 anos, saiu do coletivo após ter o braço decepado. “Eu pensei nas minhas filhas. Eu vi aquela criança no meio da confusão e na hora eu só pensei: ‘Eu tenho que salvar essa criança!’ Depois, única coisa que passou pela minha cabeça era voltar para levar o bracinho dele, porque eu sabia que tinha uma chance de implantar o bracinho dele de volta”, destacou Diego. A cirurgia de reimplante do braço de Davi Geovane foi realizada com sucesso, segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Quinta D’Or neste domingo (8). Força-tarefa para socorrer vítimasPessoas que estavam nas imediações do tombamento montaram uma força-tarefa para socorrer os feridos. Jovens da Assembleia de Deus de São Cristóvão, Ministério de Madureira, que faziam um encontro em uma igreja ao lado do acidente ajudaram a salvar as vítimas. O autônomo Samuel Oliveira da Silva lembrou que foi ele que retirou o braço do menino de dentro do ônibus. “(Quando) O acidente aconteceu eu estava saindo. O pessoal gritando, e vi o ônibus caído. E quando eu cheguei lá eu vi o Davizinho ali (do lado de fora do ônibus). Aquela cena me chocou muito, de ver ele sem o bracinho. Foi quando eu entrei no ônibus, e a gente achou o braço dele”, lembrou. A comerciante Patrícia Santos de Brito foi a responsável por guardar o membro da criança até que ele fosse encaminhado para o hospital. Ela conta que não foi um ato heroico, e sim empatia. “A gente pegou o saco de gelo, colocamos dentro e entregamos o braço do Davi para os bombeiros. Não foi heroico. É o ser humano querer ajudar o outro. Eu acho que a gente tem que ter mais empatia pelo próximo. As pessoas estão muito agressivas, as pessoas têm que ajudar o próximo”, conta Patrícia. Fonte: G1