Sócios, diretores e ex-diretores da 123milhas devem depor nesta quarta-feira (6) na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga pirâmides financeiras com criptomoedas na Câmara dos Deputados. Como já houve duas tentativas frustradas de ouvir os responsáveis pela empresa, o presidente do colegiado, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), solicitou na semana passada a condução coercitiva dos irmãos Ramiro Soares Madureira e Augusto Julio Soares Madureira, no caso de faltarem novamente à sessão.
Além dos irmãos, são esperados na comissão:
- Tânia Madureira — sócia da empresa HotMilhas, do mesmo grupo da 123milhas;
- Marcos Brandão — ex-vice-presidente de governança e gestão da 123milhas;
- Roger Duarte Costa — gerente de prevenção a fraudes da 123milhas; e
- Matheus Divino — gerente de planejamento, orçamento e controle da 123milhas.
Eles devem explicar a suspensão da emissão de passagens aéreas já compradas pelos consumidores, anunciada pela companhia no último dia 18 de agosto. A interrupção afeta viagens já contratadas com embarques previstos para o período de setembro a dezembro deste ano. A 123milhas anunciou que vai devolver integralmente os valores pagos pelos clientes com correção monetária, mas por meio de vouchers.
Quebra de sigilo
Nesta terça (5), a ministra Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia manteve a decisão de quebrar o sigilo fiscal e bancário dos donos da 123milhas, aprovada pela CPI.
A ministra também determinou que o colegiado deve resguardar o sigilo dos documentos da quebra, sendo que quem eventualmente divulgá-los, possibilitar ou facilitar a divulgação será responsabilizado judicialmente.
Fonte: r7