O miliciano Matheus da Silva Rezende, mais conhecido como Faustão, foi o pivô da onda de ataques no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (23). Ele é sobrinho de Zinho, considerado o líder de uma das maiores milícias da zona oeste da capital.
Após ação da Polícia Civil na comunidade Três Pontes, Faustão foi baleado. Ele chegou a ser levado para o Hospital Pedro II, porém não resistiu aos ferimentos.
Em entrevista coletiva, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, confirmou que o miliciano foi preso, mas morreu na unidade.
Por conta da morte de Faustão, mais de 30 ônibus foram incendiados pela cidade a mando dos milicianos. As aulas chegaram a ser suspensas em 45 escolas municipais, afetando a vida de mais de 17 mil alunos, de acordo com o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha.
Castro disse que o suspeito também era conhecido como “Senhor das Armas”. Ele seria o “responsável pela guerra da facção, mas também era responsável pela união entre tráfico e milícia”.
Segundo o governador, Faustão também era o segundo na hierarquia da milícia e estava sendo preparado para ser o sucessor de Zinho.
Assassinato do ex-vereador Jerominho
Em setembro deste ano, o MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou Faustão, Zinho e outras quatro pessoas pela morte do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, mais conhecido como Jerominho. O político é apontado como um dos fundadores do grupo miliciano conhecido como Liga da Justiça.
O homicídio ocorreu em agosto de 2022. No dia do assassinato, o ex-vereador estava com o amigo Maurício Raul Atallah no estacionamento de um supermercado quando foram atacados com vários disparos de arma de fogo.
Segundo o MPRP, o motivo do crime foi a descoberta, por parte de Zinho, de um plano para que Jerominho e seu irmão Natalino José Guimarães retomassem a liderança da organização criminosa.
O miliciano Faustão foi apontado pela denúncia do MPRJ como um dos mandantes do crime.
Fonte: r7