‘Talentoso e de alma pura’: amigos de músico encontrado morto debaixo de carro lamentam crime

“Talentoso”, “de alma pura” e com “sede de vida” foram alguns dos termos usados por amigos do músico Jonatas Monteiro de Oliveira da Silva, de 28 anos, encontrado morto debaixo de um carro, no centro de São Paulo, na madrugada de segunda-feira (3).

O homem era flautista na Orquestra de Guarulhos, que lamentou a morte dele nas redes sociais. “Ele esteve conosco em Guarulhos desde os tempos da Orquestra Jovem e estava neste momento a pleno vapor, tocando, empreendendo e vivendo intensamente”, escreveu a banda.

Nas redes sociais, Jonatas exibia sua paixão pela música, bem como quanto gostava de se divertir com os amigos e a família.

“Não estou conseguindo processar tudo o que aconteceu. Que você descanse em paz”, escreveu Felipe Brondani.

Outros comentários, de colegas e admiradores dizendo que sentirão falta de Jonatas, encheram uma das postagens fixadas dele no Instagram.

Mistério
O corpo de Jonatas, achado debaixo de um carro, tinha ferimentos no crânio, exposição de massa encefálica e sinais de atropelamento. A polícia investiga o caso.

Fernando Mellis, amigo da vítima que esteve no bar, afirma que deixou o local enquanto Jonatas aguardava um veículo do aplicativo 99 para voltar para casa, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

Mellis conta que passou a segunda-feira inteira sem notícias do amigo, até que soube que a família havia sido chamada para reconhecer o corpo de Jonatas no IML (Instituto Médico-Legal).

Segundo informações do boletim de ocorrência, o corpo de Jonatas foi encontrado na rua Conselheiro Ramalho, na altura do número 994, a cerca de 350 metros do bar, por volta da 0h30. Há prédios comerciais no endereço com câmeras de segurança.

Procurada pelo R7, a 99 lamenta o ocorrido, confirma que a corrida foi solicitada para o endereço do bar e afirma que “o motorista parceiro aguardou no ponto de encontro durante oito minutos antes de deixar o local” e que “a gravação da corrida não registra nenhum embarque”.

O carro sob o qual Jonatas estava não tinha indícios de ter participado de um atropelamento. No asfalto, havia marcas de pneus. Um cartão localizado ao lado do corpo foi apreendido. Segundo Fernando Mellis, o celular de Jonatas desapareceu.

O caso foi registrado no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) como homicídio culposo na direção de veículo automotor.

Fonte: r7

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