Tarcísio estima receita de R$ 320 mi com venda do Palácio dos Bandeirantes e imóveis

O governo de São Paulo estuda a possibilidade de venda ou ocupação dos 36.954 imóveis de propriedade do estado, em um plano do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de desinvestimentos em ativos públicos.

A medida pode gerar uma receita de R$ 320 milhões aos cofres paulistas, segundo dados informados ao Estadão/Broadcast pela Secretaria de Gestão e Governo Digital. Uma das joias da coroa do plano é o Palácio dos Bandeirantes, localizado no Morumbi, sede do governo paulista.

A Secretaria de Gestão e Governo Digital conduziu o levantamento sobre valores e condições de cada imóvel.

Segundo a secretaria, a meta do governo é “otimizar a ocupação de imóveis próprios e alienar os ociosos”.

Não há prazo para conclusão dos trabalhos. Entre as possibilidades estudadas para o Bandeirantes estão venda, concessão à iniciativa privada ou ocupação do espaço com outras atividades.

Antes, porém, o governo anunciou a etapa de transferência da administração do governo para o centro de São Paulo.

Anteontem, Tarcísio assinou um contrato com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas) para realizar um estudo sobre a viabilidade da mudança. Segundo o governo estadual, a ida da sede do Executivo para o centro deve gerar R$ 500 milhões em novos investimentos na capital e só será concluída em oito anos.

Como mostrou o Estadão em abril, Tarcísio iniciou o projeto de transferir a sede do governo de São Paulo.

Uma das propostas do governo é construir um prédio nos Campos Elísios, bairro da região central da cidade, para receber a estrutura da administração paulista.

O local também teria restaurantes e lojas, para atender servidores públicos que trabalharão no prédio.

PPP
A construção do imóvel e a gestão dos empreendimentos ficariam sob responsabilidade da empresa que vencer a PPP (parceria público-privada) para a transferência da sede do governo.

Também seria preciso desapropriar imóveis no entorno da praça Princesa Isabel, para construir uma estrutura de habitação no local.

Segundo Tarcísio, o leilão para selecionar a empresa responsável pela PPP será realizado em novembro de 2025 e as obras para a construção dos edifícios começarão no início de 2026.

De acordo com Tarcísio, o objetivo da transferência é revitalizar o centro de São Paulo, reduzir custos para o estado e integrar o trabalho das secretarias.

O acordo com a Fipe tem valor total de R$ 15,5 milhões e prazo de 30 meses para estruturação técnica completa do projeto.

O governo estabeleceu, no entanto, que a fundação terá seis meses para apresentar um parecer sobre a viabilidade da transferência.

Caso os estudos mostrem que a mudança não trará os benefícios esperados pelo estado, a Fipe receberá R$ 4 milhões pelo levantamento feito.

Concursos
O governo vai realizar neste ano dois concursos para definir qual será o projeto arquitetônico e urbanístico da esplanada de secretarias.

No primeiro semestre do ano que vem, pretende fazer consultas públicas sobre a mudança. Terminadas essas fases, fará o leilão da PPP para arregimentar financiadores do projeto.

O parceiro privado ficará com as receitas da administração do espaço, que deve contar com restaurantes e lojas para atender servidores públicos.

O governo ainda não definiu qual será a destinação do Bandeirantes, caso o local deixe de ser a residência oficial do governador. E está em análise a alienação dos outros 56 imóveis que sediam as pastas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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