TJ-SP concede liberdade provisória a dona de casa de repouso clandestina

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) concedeu liberdade provisória a Juliana Siqueira Prado Freitas, dona do imóvel onde a polícia descobriu uma casa de repouso clandestina em Itapecerica da Serra (SP), que havia sido presa nesta quarta-feira (7).

A decisão é de hoje (8), e se dá diante das seguintes medidas cautelares: comparecimento mensal em juízo para justificar suas atividades, proibição de se ausentar da Comarca sem aviso prévio, recolhimento domiciliar no período noturno e em dias de folga, e, por fim, o comparecimento a todos os atos processuais.

Juliana também não poderá se mudar de domicílio sem aviso prévio à Justiça.

O caso
Ela havia sido detida após policiais encontrarem 13 pessoas com idades entre 18 e 71 anos em condições precárias no imóvel, localizado em uma área rural da cidade da Grande São Paulo. Dois funcionários foram conduzidos à delegacia para prestar depoimentos.

Imagens obtidas pela reportagem mostram parte das pessoas em um cômodo apertado cercado por grades, que se assemelhava a uma espécie de jaula. Outras fotos do local exibem uma cozinha improvisada no fundo do terreno, com um fogão à lenha, onde eram feitas as refeições dos internos.

De acordo com informações da Guarda Civil Municipal da cidade, a Vigilância Sanitária foi acionada por meio de uma denúncia para averiguar o local.

A GCM prestou apoio a ocorrência e quando as equipes chegaram no endereço encontraram o imóvel onde funcionava uma igreja na parte da frente e nos fundos estavam cômodos com grades, onde eram mantidas as pessoas.

Ainda de acordo com a GCM, a maior parte dos idosos tem problemas psicológicos, estava sem banho há dias e em péssimas condições de higiene, assim como o local onde eram mantidos. Muitos deles estavam bem debilitados fisicamente.

As equipes também encontraram alimentos que estavam vencidos há mais de seis meses.

Os agentes apuraram no local que as aposentadorias e pensões dos idosos eram administradas por Juliana, proprietária do local. Aos agentes, ela informou que a intenção dela era ajudar essas pessoas, o que segundo eles não foi constatado no local.

Equipes da Polícia Civil estiveram no imóvel para realizas perícia. O caso foi registrado no 1° Distrito Policial de Itapecerica da Serra como Cárcere Privado e Maus Tratos.

Os internos foram encaminhados a unidades de saúde para receberem atendimento médico e psicológico e posteriormente serão encaminhados para abrigos da prefeitura.

Fonte: Com informações da Agência Estado

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