Brasil Trama golpista: ex-diretor da PRF confirma ordem para blitz no Nordeste, mas nega fiscalização de eleitores em 2022 Redação27 de maio de 2025027 visualizações O ex-diretor de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Djairlon Henrique Moura confirmou nesta terça-feira (27), em depoimento à Justiça, que recebeu ordens do Ministério da Justiça para fazer blitz em ônibus com destino à região Nordeste durante as eleições de 2022. Segundo ele, no entanto, a ideia de fiscalizar os veículos saídos de São Paulo e do Centro-Oeste era inspecionar se havia transporte irregular de eleitores e de dinheiro – e não dificultar o acesso de eleitores às urnas, como aponta a acusação. A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a ouvir nesta terça-feira (27) as testemunhas de defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Os depoimentos são tomados na ação penal que apura uma tentativa de golpe articulada pela cúpula da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com um servidor da PRF, partiu de Djairlon a ordem para que a inteligência do órgão atuasse para reforçar abordagens de ônibus e vans durante as eleições de 2022. A orientação da chefia era que a PRF deveria “tomar um lado”, por determinação do diretor-geral. O ex-diretor afirmou que a Secretaria de Operações Integradas solicitou a operação em reunião no Ministério da Justiça. Segundo Djairlon, não houve direcionamento a fiscalização de ônibus com objetivos políticos. Ele afirmou que o então ministro Anderson Torres pediu para PF e PRF se “empenharem o máximo possível” para realizar o policiamento durante as eleições e evitar crimes eleitorais, como o transporte de valores e o trnsporte irregular de eleitores. TestemunhasNesta semana, estão previstos os depoimentos de 25 testemunhas indicadas por Torres. Na manhã desta terça serão ouvidos: Braulio do Carmo Vieira, delegado da Polícia Federal (PF);Luís Flávio Zampronha, delegado da Polícia Federal (PF);Alberto Machado, delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);George Estefani de Souza, delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);Djairlon Henrique Moura, delegado e ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF);Caio Rodrigo Pellim, delegado da Polícia Federal (PF); eSaulo Moura da Cunha, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Denúncia da PGRA Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao STF uma denúncia, em 26 de março, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas por golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. De acordo com a PGR, a organização tinha como líderes o então presidente da República Jair Bolsonaro e seu então candidato a vice-presidente, Braga Netto. Segundo a denúncia, aliados a outras pessoas, entre civis e militares, eles tentaram impedir de forma coordenada que o resultado das eleições presidenciais de 2022 fosse cumprido. Os acusados foram divididos em núcleos pela PGR. Fonte: G1