Venezuela: prazo oficial de 72 horas se esgota e Conselho Nacional Eleitoral não divulga total dos votos, nem atas das eleições

O prazo legal de 72 horas se esgotou e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela não divulgou o resultado das eleições no país, com o total de votos, nem liberou as atas eleitorais, para confirmar que Nicolás Maduro realmente venceu a eleição.

Nesta segunda-feira (29), mesmo sem ter feito o registro total dos votos, o CNE proclamou Maduro, que já estava à frente da presidência da Venezuela, como reeleito. As regras do CNE determinam que o total dos votos seja divulgada até 72 horas após a eleição.

No caso das atas eleitorais, ele teria mais prazo, mas o próprio Conselho chegou a prometer que elas seriam divulgadas dentro do mesmo prazo. Mesmo porque, como o sistema na Venezuela também é eletrônico, os boletins de urnas já teriam de ser divulgados e as atas já teriam de estar prontas.

Com isso, cresce a avaliação de que Maduro não irá cumprir suas promessas de dar transparência ao pleito e divulgar todas as atas da eleição do último domingo (28).

Em uma prometida entrevista coletiva, que virou um pronunciamento, Nicolás Maduro se colocou no papel de vítima, acusou a imprensa de colocar o país em guerra e afirmou que países e organizações de direita estão tentando destruir a Venezuela.

Enquanto isso, Brasil, Colômbia e México não chegaram até agora a um acordo para divulgar um comunicado conjunto cobrando a imediata divulgação das atas eleitorais para dar credibilidade às eleições na Venezuela.

Enquanto a Colômbia pede uma auditoria internacional sobre o resultado das eleições venezuelanas, o Brasil prefere que conste no comunicado uma checagem imparcial do resultado.

Irritados com a demora, os Estados Unidos subiram o tom contra o presidente da Venezuela, e avisou que a paciência dos EUA está acabando diante da demora do CNE em divulgar as atas das eleições, ameaçando tomar medidas contra a Venezuela caso o país não prove que Maduro foi mesmo o vencedor no pleito.

Na América do Sul, alguns países são contra. Porém, qualquer tipo de interferência na política interna da Venezuela e também contra o aumento de sanções econômicas, agravaria ainda mais a crise econômica e social nesses países sul-americanos. O Brasil está entre eles.

Fonte: G1

Notícias Relacionadas

Apple corre para encher aviões com iPhones e evitar tarifas

Ao menos 27 pessoas morrem após desabamento de teto em boate da República Dominicana

Príncipe da Bélgica, parente de Charles, tem pedido negado na justiça após dizer que sua mesada de R$ 2,5 milhões é ‘insuficiente’